Uma interpretação estruturante e microssistêmica da dinâmica da indústria fonográfica no Brasil entre 1960 e 2014
DOI:
https://doi.org/10.22481/ccsa.v16i28.5766Palavras-chave:
Firma Chandleriana, Indústria fonográfica, Paradigma tecno-econômico, Projeto dominanteResumo
A indústria fonográfica brasileira, ao acompanhar algumas tendências mundiais e experimentar os efeitos do progresso técnico em sua estrutura produtiva, apresentou profundos períodos disruptivos, cujas características mais gerais foram-se modificando ao longo do tempo, sobretudo, a partir da década de 1960. O presente estudo tem o objetivo de fornecer uma explicação microeconômica estruturante e sistêmica a respeito da dinâmica da indústria fonográfica brasileira, entre 1960 a 2014, com base em três conceitos teóricos, a saber: empresa chandleriana, projeto dominante e paradigma tecno-econômico. Para tanto, empregou-se uma descrição histórica da dinâmica do setor, seguida da construção de uma hermenêutica de interpretação baseada nos conceitos supracitados. As inferências sugerem que, entre 1960 e 1970, a indústria fonográfica no país foi dominada por empresas com características próximas a uma firma chandleriana. Entretanto, a partir dos anos 1990, essas características foram colapsadas pelos efeitos da insurgência do paradigma tecno-econômico nesse setor no Brasil.