Gestão de Pessoas como ferramenta de (re)humanização do trabalhador
DOI:
https://doi.org/10.22481/ccsa.v16i28.5753Keywords:
Gestão de Pessoas, (Re)humanização, Ideologia gerencialistaAbstract
Neste artigo, busca-se identificar a contribuição da Gestão de Pessoas para a ressignificação do papel do indivíduo nas organizações, assim como entender o processo de transformação do ser humano em “apêndice da máquina” e analisar o papel da Gestão de Pessoas no cenário organizacional. A pesquisa configura-se por possuir abordagem qualitativa, caráter exploratório e ter como procedimento utilizado para coleta de dados a pesquisa bibliográfica. Os argumentos apresentados aqui foram embasados em estudos que demonstram olhar crítico ao sistema capitalista e às práticas de gestão dominantes. Identificou-se, assim, que a desvalorização do trabalhador e sua consequente “robotização” fazem parte de um contexto histórico-cultural cujas origens retomam a Revolução Industrial do século XIX e se perpetuam até os dias atuais por meio da disseminação da ideologia do management. Vemos surgir, portanto, correntes de pensamento focadas em humanizar a relação empresa-indivíduo e criticar as atuais práticas de formação dos profissionais da área da Administração, denominada Estudos Críticos em Administração (ECA) sem, contudo, negar técnicas que otimizam os lucros. Desse modo, para que se comece a pensar em uma (re)humanização do trabalhador, é necessário que a Gestão de Pessoas seja capaz de conciliar os interesses de empregados e empregadores, de maneira a humanizar as práticas da área, bem como utilizar os Estudos Críticos em Administração para auxiliar na mudança de mentalidade que impera atualmente nas empresas e nas escolas de Administração.