Tragic outcome: capitalism, political administration and brazilian macroeconomics in the context of the health crisis
DOI:
https://doi.org/10.22481/ccsa.v18i31.7653Abstract
Este ensaio nasceu no contexto das mudanças trazidas pelas necessidades de se proteger da pandemia do SARS-CoV-2, que sacudiu a sociedade mundial e paralisou, temporariamente, o sistema econômico em muitos países. Foi preciso, desacelerar, abruptamente, nosso ritmo de vida e se adaptar a situações jamais experimentadas. Dentro do que recomendavam as autoridades de saúde e a ciência, nossas relações sociais foram remodeladas e, de repente, vimos no espaço virtual a possiblidade de refazer nossos contatos e dar continuidade as atividades profissionais. Nunca antes foi tão grande a quantidade de eventos, seminários, debates, palestras e conferências promovido pelos canais disponíveis pela internet.
Em um ciclo de Webinares organizado pelo grupo de pesquisa em administração política da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), com a participação de mais de 20 especialistas, discutiu-se a Gestão do Capitalismo no Pós-Pandemia, ou seja, como o momento depois da maior crise sanitária já vista se apresentaria para a humanidade, de que maneira enfrentaríamos alguns grandes desafios, sem, ao menos, vários dos antigos problemas estruturais terem sido superados. Quer dizer, se a crise seria uma oportunidade ou não nesse sentido. Ou, pelo contrário, seria apenas um capítulo passageiro de nossa evolução e voltaríamos às mesmas condições de funcionamento do capitalismo. Acreditamos que por muitos anos ainda vamos sentir os efeitos desse estágio que passamos. E, por essa razão, é muito difícil fazer afirmações peremptórias em qualquer direção, porque ainda não amadurecemos o suficiente para compreender o fenômeno do ponto de vista de suas consequências e lições.
Entretanto, alguns aspectos podem ser trabalhados e analisados de maneira mais clara. Eles têm a ver com a maneira como os países entraram na crise, enfrentaram a situação e as perspectivas dos resultados de suas estratégias. É nesse ponto que as avaliações sobre o desempenho do Brasil, nesse contexto, crescem e, na maioria delas, as conclusões prévias não são animadoras. Então, não estamos exagerando quando anunciamos no título “desenlace trágico”. Vejamos o porquê.
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