THE LEGITIMITY OF ABSTRACT DANGER CRIMES IN ACCORDANCE WITH THE OFFENSIVE PRINCIPLE

Authors

  • Marcelo Carita Correra
  • Monize Flávia Pompeo

DOI:

https://doi.org/10.22481/ccsa.v18i31.7655

Keywords:

State. Offensive. Precaution. Crime. Abstract danger.

Abstract

The present work, produced from the logical-deductive method based on a bibliographic review by national and foreign authors, seeks to study crimes of abstract danger and their potential compatibility with the Brazilian Constitution, especially in view of the principle of offense (or injury). The current society, conceptualized as a risk society, demands more and more active manifestation by the State to regulate and avoid activities potentially harmful to diffuse goods. In other words, to discipline the risks arising from social interaction. The legislator started to use criminal types of concrete danger in addition to criminal types of damage. With the increasing risks of activities that can affect the environment or even generate mass destruction (nuclear activity, for example), the State further anticipated criminal protection and created crimes of abstract danger. There is a need to establish an objective criterion to establish the limit of legitimacy for the creation of crimes of abstract danger. The tested and confirmed proposal was to recognize the constitutionality of abstract danger crimes, if they observe the precautionary principle. That is, the use of crimes of abstract danger is only justified when the protected legal object is of great relevance and attracts the incidence of the precautionary principle. In this context, the criminal anticipation promoted by crimes of abstract danger is legitimate. This is because the creation of crimes of abstract danger based on the precautionary principle conflicts with the principle of offensiveness, which prevents the creation of criminal types that do not imply violation of legal property. However, given the relevance of certain legal assets, it is possible to use the principle harmonization technique, in order to reduce the scope of the offensive principles so that, in certain cases (such as the protection of diffuse assets) there is a joint incidence of the precautionary principle, to anticipate the penal incidence for a moment prior to the actual violation of the legal good.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Marcelo Carita Correra

Marcelo Carita Correra. Graduação em Direito pela PUC/SP. Especialista em Direito Tributário pela PUC/SP. Especialista em Direito Imobiliário pela Escola Paulista de Direito de São Paulo. Especialista em Direito Penal Econômico pela FGV/SP. Mestrando em Direito Penal pela PUC/SP. 

Monize Flávia Pompeo

Monize Flávia Pompeo. Graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Mestranda em Direito Penal pela PUC/SP. 

References

AYALA, Patrick de Araújo; LEITE, José Rubens Morato. Novas tendências e possibilidades do Direito Ambiental no Brasil. In. WOLKMER, Antônio Carlos; LEITE, José Rubens (Org.). Os “novos” direitos no Brasil: natureza e perspectivas: uma visão básica das novas conflituosidades. São Paulo: Saraiva, 2003.

ANDORNO, Roberto. Validez del principio de precaución como instrumento jurídico para la prevención y la gestión de riesgos. In: ROMEO CASABONA, Carlos María (Ed.). Principio de precaución, Biotecnología y Derecho. Bilbao-Granada: Cátedra Interuniversitaria de Derecho y Genoma Humano/Fundación BBVA/ Diputación Foral de Bizkaia/Universidad del País Vasco/Comares, 2004, p.20-26.

ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. 2 ed. Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Editora Malheiros, 2015.

_____________. Teoría de los Derechos Fundamentales. Madrid: Centro de Estúdios Políticos y Constitucionales, 2002

BECK, Ulrich. Sociedade de Risco – Rumo a uma outra modernidade. Trad. Sebastião Nascimento. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2010.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral I. 19 ed. Editora Saraiva. São Paulo, 2013.

________________________.. Manual de Direito Penal. vol. 1. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. 8ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007.

BRASIL. Lei 10.826, 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.826compilado.htm>. Acesso em: 19 out. 2019.

BRASIL. STJ. HC 307.574 - SP. Relator: Ministro Felix Fischer. Brasília, DF, 24 de março de 2015. Disponível em: <http://www.stj.gov.br>. Acesso em: 16 abr. de 2020.

BUSATO, Paulo César. Direito Penal. Parte Geral. 4 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2018

CAMPILONGO, Celso Fernandes. Interpretação do Direito e Movimentos Sociais. 1 ed. São Paulo: Elsevier, 2012.

CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. Legislação Penal Especial. v. 4. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 361.

CARVALHO, Salo de. Anti-manual de Criminologia. 2ª ed. - Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

COSTA, Helena Regina Lobo da. Proteção Penal Ambiental: viabilidade – efetividade-tutela por outros ramos do direito. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

COSTA, José Francisco de Faria. O Perigo em Direito Penal. 1 ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2000.

CUNHA JR., Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 7ª ed. Salvador: Jus Podivm, 2013.

DWORKIN, Ronald. Taking Rights Seriously. England: Motilal Books UK, 2005.

FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de. Uma genealogia das teorias e tipologias do Estado de Bem-Estar Social. In DELGADO, Mauricio Godinho; PORTO, Lorena Vasconcelos. O Estado de Bem-Estar Social no Século XXI. São Paulo: LTr, 2007.

GOMES, Luiz Flávio. Princípio da Ofensividade no Direito Penal. Série as ciências criminais no século XXI. vol. 6. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.

______________________. Direito Penal Tradicional Versus “Moderno e Atual” Direito Penal. Revista brasileira de ciências criminais. São Paulo, a. 11, n. 42, jan./mar. 2003.

_______________________. Coordenador. GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antonio García-Pablos de. Direito Penal. v. 2. Parte Geral. São Paulo: RT, 2007. p. 192.

___________________________., MOLINA, Antonio García-Pablos de. Direito Penal: fundamentos e limites do Direito Penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

HASSEMER, Winfried. Direito Penal: fundamentos, estrutura, política. Trad. Adriana Beckman Meirelles [et al.]. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Ed., 2008.

MARTÍN, Luis Gracia. Prolegômenos para a luta pela modernização e expansão do Direito Penal e para a crítica do discurso de resistência. Trad. Érica Mendes de Carvalho. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Ed., 2005, p. 46-47.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 17 ed. São Paulo: Malheiros, 2004.

MÜLLER, Friedrich. Die Positivitat der Grundrechte. Fragen einer praktischen Grundrechts-dogmatik. 1 ed. Berlin: Duncker & Humblot, 1969.

ROXIN, Claus. Derecho penal: parte general - tomo I. Fundamentos: las estructuras de la teoria del delito. 1 ed. Trad. Diego-Manuel Luzón Peña et all. Madrid: Civitas, 1997.

________________. Problemas fundamentais de direito penal. 3ª ed. Lisboa: Vegas, 1998. p. 27-28.

SÁNCHEZ, Jesús María Silva. Aproximación al Derecho penal contemporâneo. Barcelona: J. M. Bosch Editor S.A., 1992.

__________________________. La expansión del Derecho Penal: aspectos de la política criminal em las sociedades postindustriales. 2ª ed., Madrid: Civitas, 2001.

SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Direito Constitucional Ambiental. Estudos sobre a Constituição, os Direitos Fundamentais e a Proteção do Ambiente. São Paulo: RT, 2011.

SILVA, Virgílio Afonso da. Direitos Fundamentais: conteúdo essencial, restrições e eficácia. 2 ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução. 2 ed. Tradução: Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Martins Fontes, 2016.

ZAFFARONI, Raul Eugênio. Doutrina Penal Nazista: A Dogmática Penal Alemã entre 1933 a 1945. 1 ed. Trad. Rodrigo Murad do Prado. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2019.

Published

2021-02-08

How to Cite

Correra, M. C. ., & Pompeo, M. F. . (2021). THE LEGITIMITY OF ABSTRACT DANGER CRIMES IN ACCORDANCE WITH THE OFFENSIVE PRINCIPLE. Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas, 18(31), 63-80. https://doi.org/10.22481/ccsa.v18i31.7655