Focalização ou sustentabilidade financeira: o dilema das instituições de microcrédito
Palabras clave:
Pobreza, Sustentabilidade Financeira, MQPResumen
É inerente ao Microcrédito a democratização do crédito aos excluídos, de maneira a possibilitar a geração de trabalho e renda para as famílias de baixa renda. Porém, no limiar do século XXI, entram na pauta discussões a respeito do alcance e da sustentabilidade financeira dessas instituições. O escopo é desenvolver mecanismos economicamente viáveis para as instituições, sem que haja comprometimento da concessão de crédito às populações de baixa renda – os pobres entre os pobres. Com base nesse contexto, o artigo avaliou a atuação do Banco do Cidadão, no período de 2006 a 2009, para verificar se essa Instituição tem como foco atender as regiões com piores condições socioeconômicas ou se almeja a sustentabilidade financeira. Para tanto, utilizou-se do Log-linear, modelo estimado pelo método dos Mínimos Quadrados Ponderados (MQP), e também de alguns indicadores financeiros apresentados por Leismann e Carmona (2011). Ficou evidenciado que o Banco teve uma atuação mais incisiva em regiões com maior dinâmica. Apesar dessa constatação, não foi possível ultimar a aspiração da sustentabilidade financeira dessa Instituição.