Modernização agrícola e produção de grãos: um estudo sobre o potencial de contaminação do solo por defensivos agrícolas na região Oeste da Bahia.
DOI:
https://doi.org/10.22481/ccsa.v18i32.9239Palabras clave:
Agricultura. Agronegócio. GrãosResumen
Este trabalho tem por objetivo analisar o potencial de contaminação do solo pelo uso de defensivos agrícolas na produção de grãos da região Oeste da Bahia. Para tanto, realizou-se o cálculo do Índice de Potencial de Contaminação pelo uso de Defensivos Agrícolas – IDEF para os municípios de Barreiras-BA, São Desidério-BA, Formosa do Rio Preto-BA e Luís Eduardo Magalhães-BA, abrangendo as culturas do milho, da soja, do algodão e do feijão. O estudo parte do entendimento de que é inevitável a expansão da produção de grãos na região Oeste sem comprometer o solo pelo uso de defensivos agrícolas. A partir dessa compreensão, a hipótese básica é de que a necessidade de expandir a produção para atender a demanda de mercado a longo prazo, levará os produtores a aumentarem a produção e a produtividade, e, como consequência, um maior consumo de defensivos agrícolas. Os resultados obtidos sugerem que a soja foi a cultura que apresentou IDEF com valor de 0,20 e a cultura do feijão o menor índice, com valor médio de 0,99. Conclui-se que o aumento da produção para atender a demanda crescente do mercado internacional e nacional, principalmente da soja, resulta num maior consumo de defensivos e, consequentemente, em um maior potencial de contaminação do solo para a região Oeste da Bahia.
Descargas
Citas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGRONEGÓCIO – ABIOVE. Informativo ABIOVE sobre sustentabilidade da soja: moratória da soja: relatório do 1º ano. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2019.
______.Moratória da soja será renovada por mais um ano. Notícias, 17 out. 2011. Disponível em: . Acesso em: 3 mar. 2019.
BRASIL. Decreto n° 8.447, de 6 de maio de 2015. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 6 de mai. 2015.
CARNEIRO, F. F.; PIGNATI, W. A.; RIGOTTO, R. M.; AUGUSTO, L. G. S.;PINHEIRO, A. R. O.; FARIA, N. M. X. et al. Parte 1 – Segurança alimentar e nutricional e saúde. In: CARNEIRO, F. F.; RIGOTTO, R. M.; AUGUSTO, L. G. S.; FRIEDRICH, K.; BURIGO, A. C. (Org). Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO; 2015. p. 46-86.
DELGADO, G. C. Do “Capital financeiro na agricultura” à economia do agronegócio: mudanças cíclicas em meio século (1965-2012). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012.
EMBRAPA. Disponível em:<http://www.embrapa.br> . Acesso em: 5 ago. 2018.
______.Tecnologia de produção de soja: região central do Brasil. Londrina, 2004b.
FAO/STAT. Disponível em:<http://faostat.fao.org/faostat. . Acesso em: 22 mai. 2020.
GRAZIANO DA SILVA, J. A modernização dolorosa. Rio de Janeiro. Zahar Editores, 1981.
HEREDIA, Beatriz, PALMEIRA, M; LEITE, S. P. Sociedade e Economia do “Agronegócio” no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.25, n.74, Out/2010.
IBGE. Censo agropecuário 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Agrícola Municipal-PAM. Disponível em: http://www.pam.ibge.gov.br/bda.>Acesso em: 11 jan. 2020.
LIMA, M. do S. B. de. Políticas públicas e território: uma discussão sobre os determinantes da expansão da soja no sul do amazonas. 2008. 446 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
LIMA, G. T. Naturalizando o capital, capitalizando a natureza: o conceito de capital natural no desenvolvimento sustentável. Texto para discussão. IE/Unicamp, Campinas, n. 74, jun. 1999. Disponível em: <http://www.eco.unicamp.br/Downloads/ Publicacoes/TextosDiscussao/texto74.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2020.
MARTINS, J.J. F. Padrões econômico-ambientais da agropecuária no Estado do Tocantins: estudo comparativo de microbacias correspondentes a três sistemas agrários relevantes. 246 f.: il. ; 30 cm. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Belém, 2010.
MOREIRA, J.C;PERES. P; SIMÕES, A.C; PIGNATI ;W.A, DORES, E.F;VIEIRA, S; STRUSSMANN, C; MOTT, T. Contaminação de águas superficiais e de chuva por agrotóxicos em uma região de Mato Grosso. Cien Saude Colet 2012; 17(6):1557-1568.
OLIVEIRA, N.P; MOI, G.P, ATANAKA-SANTOS. M; SILVA, A.M.C; PIGNATI ,W.A. Malformações congênitas em municípios de grande utilização de agrotóxicos em Mato Grosso, Brasil. Cien Saude Colet, 2014; 19(10):4123-4130.
PEARCE, D. Environmental economics. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1993.
PIGNATI, W.A.; MACHADO, J.M.H.; CABRAL, J.F. Acidente rural ampliado: o caso das “chuvas” de agrotóxicos sobre a cidade de Lucas do Rio Verde – MT. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 12 (1): 105-114, 2007.
PIGNATI ,W; OLIVEIRA, N.P; Silva, A.M.C. Vigilância aos agro¬tóxicos: quantificação do uso e previsão de impactos na saúde-trabalho-ambiente para os municípios brasilei¬ros. Cien Saude Colet 2014; 19(12):4669-4678.
PIGNATI ;W.A. et al. Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para a Vigilância em Saúde.Ciência & Saúde Coletiva, 22(10):3281-3293, 2017.
RUEEGG, E. F. et al., O impacto dos agrotóxicos sobre o ambiente, a saúde e a sociedade. São Paulo: Ícone. (Coleção Brasil Agrícola), 1986.
SILVA, L. F. A construção de um índice de sustentabilidade ambiental agrícola (ISA): uma proposta metodológica. Campinas, SP. 2007. 232 f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada – área de concentração: Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente) – Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
SOARES,W.L;PORTO,M.F. Ciência &Saúde Coletiva,12(1);131-143, 2007.
SPADOTTO,C.A. Impactos ambientais dos agrotóxicos. EMBRAPA - CNPMA. Comunicado Interno, 1993.
SYAMPA, M. Consenso de los commodities y linguajes de valoración em América Latina. Revista Nueva Sociedad. Nº 244, março-abril de 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.