Madame Satã: a potência de um corpo em cena ( Madame Satã: the power of a body on the scene)

Autores

  • Geisa Rodrigues Universidade Federal Fluminense (UFF/Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.22481/el.v12i1.1246

Palavras-chave:

Subjetividade, Afetos, Homossexualidade, Corpo, Cinema

Resumo

Este artigo se debruça sobre a análise dos efeitos políticos da configuração do personagem Madame Satã, no filme "Madame Satã" (2002), de Karim Aïnouz. Destaca-se, no caso, uma intimidade que nasce de uma proximidade construída no espaço e no tempo diegéticos e que ao mesmo tempo permite explorar lugares e situações praticamente atemporais e indefinidos: pele, poros, mofo e rachaduras nas paredes, suor, purpurina, tecidos, objetos de cena cotidianos. Desta forma, o corpo de Satã assume o lugar de uma fala política que substitui a representação, instaurando novos formatos de resistência no cinema brasileiro contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetividade. Afetos. Homossexualidade. Corpo. Cinema.

ABSTRACT
This article focuses on the analysis of the political effects of the configuration of the character Madame Satã, in Madame Satã (2002), by Karim Aïnouz. It is noteworthy, in this case, an intimacy born of proximity built in space and diegetic time that, at the same time, lets you explore places and virtually timeless and undefined situations: skin, pores, cracks and mold on the walls, sweat, glitter, clothes, objects of everyday scene. Thus, the body takes the place of a political speech that replaces the representation by introducing new forms of resistance in contemporary Brazilian cinema.
KEYWORDS: Subjectivity. Afects. Homossexuality. Body. Cinema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Geisa Rodrigues, Universidade Federal Fluminense (UFF/Brasil)

Geisa Rodrigues é professora adjunta do curso de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Comunicação e Imagem pela UFF e Doutora em Letras pela PUC-Rio. Em 2013, publicou o livro As múltiplas faces de Madame Satã: estéticas e políticas do corpo, pela Editora da Universidade Federal Fluminense (EdUFF).

Referências

AÏNOUZ, Karim. Macabéa com raiva. Cinemais, n. 33, mar. 2003.
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. Lisboa: Cotovia, 2006.
BEZERRA, Julio. O corpo como cogito: um cinema contemporâneo à luz de Merleau-Ponty. E-Compós, Brasilia, v. 13, n. 1, jan./abr. 2010. Disponível em: <www.e-compos.org.br>. Acesso em: 10 nov. 2010.
DELEUZE, Gilles. A imagem-movimento. São Paulo: Brasiliense, 1985.
________. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
________. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 1997.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34,1997. v. 5.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 16. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
______. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1998.
LOPES, Denilson. O homem que amava rapazes e outros ensaios. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002.
PEIXOTO, Carlos Augusto. Sobre o corpo social como espaço de resistência e reinvenção subjetiva. Lugar Comum: estudos de mídia, cultura e democracia, Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, n. 21-22, p. 57-72, jul./dez. 2005.
______. Humanizadores do inevitável. ALCEU, v. 8 , n. 15, p. 256-270, jul./dez. 2007.
XAVIER, Ismail. Entrevista com Ismail Xavier: o Cinema brasileiro dos anos 90. Praga: estudos marxistas, n. 9, p. 97-138, jun. 2000.

Downloads

Publicado

2014-06-30

Como Citar

RODRIGUES, G. Madame Satã: a potência de um corpo em cena ( Madame Satã: the power of a body on the scene). Estudos da Língua(gem), [S. l.], v. 12, n. 1, p. 175-193, 2014. DOI: 10.22481/el.v12i1.1246. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/estudosdalinguagem/article/view/1246. Acesso em: 13 nov. 2024.