Estereotipar o Feminino: entre o Dóxico e o Estético
DOI:
https://doi.org/10.22481/el.v5i1.1047Keywords:
Estereótipos, Mulher, Homem, FemininoAbstract
Esse artigo procura mostrar que a atitude masculina em relação aos estereótipos sobre as mulheres pode corresponder a duas maneiras de “gerir” o enigma que a diferença sexual representa para o homem: um regime dóxico, aquele do “Homem Ordinário”, e um regime estético, aquele do “Artista”. O primeiro regime pode encontrar sua manifestação nos provérbios, por exemplo, cuja visada essencial é definir uma ordem na qual o feminino vê assegurar “seu” lugar, que é aqui ilustrado por meio do estudo de um corpus de provérbios espanhóis. O segundo regime supõe a instauração de uma démarche criativa, que joga com o estereótipo e com a própria posição masculina. O último regime estético é estudado através dos textos dos séculos XVII e XIX: o teatro de Molière, de um lado, a mitologia da mulher fatal e, de outro, o drama simbolista. Mas a posição masculina do Artista se mostra ambígua. Certamente, contesta-se o estereótipo que funda o universo patrimonial do Homem Ordinário, mas, ao se envolver nesse trabalho, permanece de uma certa maneira no espaço do patrimônio.
PALAVRAS-CHAVES: Estereótipos. Mulher. Homem. Feminino.
Downloads
References
BARROS, A. de. Refranero espaòol. Madrid: Ediciones Ibericas, 1968.
BENVENISTE, E. La notion de rythme dans son expression linguistique. In: ______. Problèmes de linguistique générale. Paris: Gallimard, 1966. Chap. XXVII.
CAMPOS, J.; BARELLA, A. Diccionario de refranes. Madrid: Espasa-Calpe, 1975.
DANBLON, E. Rhétorique et rationalité. Essai sur l’émergence de la critique et de la persuasion. Bruxellees. Editions de l’Université de Bruxelles, 2002.
DUCROT, O. Le dire et le dit. Paris: Minuit, 1984.
JARA, O. J. Más de 2.500 refranes relativos a la mujer: soltera, casada, viuda y suegra. Madrid: Instituto Editorial Reus, 1953.
KOLODZIEJCZYK, A. La Comicidad verbal en el texto paremiologico (el ejemplo de los refranes referidos a la mujer). Mémoire soutenu à la Chaire de la Philologie Romane de l’Université de Lodz, Pologne, 2001.
ANSCOMBRE, J.C. La parole proverbiale. Langages, Paris, n. 139, 2000.
MAINGUENEAU, D. Interprétation des textes littéraires et des textes juridiques. In: Amselek, P. (Dir.). Interprétation et Droit. Bruxelles: Bruylant et Presses Universitaires d’Aix-Marseille, 1995. p.61-72.
MAINGUENEAU, D Féminin fatal. Paris: Descartes et HCl. 1999.
MAURON, C. Psychocritique du genre comique: Aristophane, Plaute, Térence, Molière. Paris: José Corti, 1964.
MELEUC, S. Etude distributionnelle de deux polysémies lexicales – Référence, prototypie, prédication. LINX. Paris, n. 40, p. 95-116, 1999.
PEROZ, P. Le mot clé. Variations sémantique et régularité des fonctionnements. Langue française, Paris, n. 133, p. 42-53, 2002.
QUITARD. P-M. Proverbes sur les femmes, l’amitié, l’amour et le mariage. Paris: Garnier, 1842.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Estudos da Língua(gem) is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in the journal Estudos da Língua (gem) agree with the following terms:
The journal Estudos de Língua(gem) maintains the copyrights of the contributions published. These rights include the publication of the contribution and make its content available for free through the portal.