Vida e resistência no Sertão: as cisternas como tecnologias socioespaciais para a convivência com o semiárido brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v7.e2023.e10126

Palavras-chave:

Convivência com o Semiárido, Tecnologias Socioespaciais, Programa 1 Milhão de Cisternas, Acesso a Água, Nordeste

Resumo

O povo sertanejo sofre pelas dificuldades dos períodos de longas estiagens, quando a ausência de chuvas compromete a sua sobrevivência. Entretanto, essa realidade tem mudado, a partir da perspectiva de convivência com a seca, pensada pelas famílias sertanejas e movimentos sociais, que prevê a difusão do conhecimento sobre as características desse bioma, suas potencialidades e estratégias para viver e produzir mesmo nos períodos de escassez de chuvas. Essas estratégias envolvem a criação de tecnologias socioespaciais para captação, armazenamento e reutilização da água. O objetivo deste artigo é apresentar o processo de construção da convivência com o semiárido por meio dessas tecnologias, que apesar dos desafios e necessidade de ampliação, têm propiciado uma nova realidade para as famílias beneficiadas.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Larissa Araújo Coutinho De Paula, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB Bahia-Brasil

Doutora em Geografia (2020) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Possui mestrado (2015) com período sanduíche na Universidad Autónoma Metropolitana (México); bacharelado (2012) e licenciatura (2011) em Geografia também pela FCT/UNESP. Pós-Doutora em Geografia pela UESB-2023. Professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), campus de Erechim.

Referências

ASA BRASIL. Quem somos. Disponível em: http://www.asabrasil.org.br, acesso: 26 mai. 2023.

BARACUHY, José Geraldo de Vanconcelos; FURTADO, Demerval Araújo; FRANCISCO, Paulo Roberto Megna. Tecnologias de convivência com o semiárido brasileiro. 1. ed. Campina Grande: Editora da Universidade Federal de Campina Grande - EDUFCG, 2017.

BRITO, Luiza Teixeira de Lima et al. Cisternas Domiciliares: água para consumo humano. In: Luiza Teixeira de Lima Brito; Magna Soelma Beserra de Moura; Gislene Feitosa Brito Gama. (Orgs.). Potencialidades da água de chuva no Semi-Árido brasileiro. 1ed.Petrolina, PE: Embrapa Semiárido, 2007.

BORJA, Patrícia Campos et al. Semiárido: aspectos físicos e socioeconômicos. In: BORJA, Patrícia Campos; LORDELO, Lidiane Mendes; SANTOS, Juliana Elisa (Orgs). Água, cisternas e semiárido. Editora UFRB: Cruz das Almas, 2022.

BORJA, Patrícia Campos; LORDELO, Lidiane Mendes. P1MC: convivência com o semiárido. In: BORJA, Patrícia Campos; LORDELO, Lidiane Mendes; SANTOS, Juliana Elisa (Orgs). Água, cisternas e semiárido. Editora UFRB: Cruz das Almas, 2022.

COSTA, Adriano Borges; DIAS, Rafael de B. Estado e sociedade civil na implantação de políticas de cisternas. In: COSTA, Adriano Borges (Org). Tecnologia social e políticas públicas. São Paulo: Instituto Pólis; Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2013.

GOMES, Vânia Ribeiro. O papel do acesso à água no trabalho reprodutivo das mulheres do semiárido baiano. Dissertação (Mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas), Faculdade latino-americana de Ciências Sociais - Fundação Perseu Abramo, São Paulo, 2018.

JESUS; Vanessa M. B.; COSTA, Adriano Borges. Tecnologia social: breve referencial teórico e experiências ilustrativas. In: COSTA, Adriano Borges (Org). Tecnologia social e políticas públicas. São Paulo: Instituto Pólis; Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2013.

MELO, Lígia Albuquerque de. A Mulher Agricultora: relação íntima com a água. In: Anais do Encontro Internacional Fazendo Gênero 9, 2010, Florianópolis. Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, 2010.

PINHEIRO, Islene Façanha. Gênero e Água: Uma Leitura Sobre as Políticas no Semiárido e a Inclusão Feminina. Desenvolvimento em Questão, vol. 17, núm. 47, 2019.

SANTOS, Mateus Costa. O antigo debate e as novas abordagens das políticas públicas de acesso à água no espaço rural: um estudo do município de Aracatu-BA. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, Bahia, 2020.

SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Tecnologias sociais: como os negócios podem transformar comunidades / Cuiabá, MT: Sebrae, 2017.

SUASSUNA, João. Semi-árido: Proposta de convivência com a seca. In: Janirza C. da Rocha Lima. (Org.). Caderno de Estudos Sociais. Recife PE: Editora Massangana, 2007.

VALE, Elaine Pereira de Almeida. O “desmonte das políticas públicas de convivência com o semiárido: o estado e a articulação semiárido brasileiro entre 2014-2019. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, Bahia, 2020.

Publicado

2023-10-23

Como Citar

DE PAULA, L. A. C.; ALCANTARA, F. V. de. Vida e resistência no Sertão: as cisternas como tecnologias socioespaciais para a convivência com o semiárido brasileiro. Geopauta, [S. l.], v. 7, p. e10126, 2023. DOI: 10.22481/rg.v7.e2023.e10126. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/10126. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê temático