Riscos e Vulnerabilidade socioambiental urbana em Iranduba-Amazonas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v8.e2024.e14300

Palavras-chave:

Desastres naturais; Movimentos de massa; Riscos geomorfológicos

Resumo

O mapeamento e setorização de áreas de alto risco são considerados ferramentas para lidar com desastres naturais. Devido ao aumento populacional e à ocupação desordenada do território, o município de Iranduba (AM) está sujeito a diversos tipos de riscos. O objetivo desta pesquisa foi identificar áreas socialmente vulneráveis que se sobrepõem a espaços ambientalmente favoráveis aos movimentos de massa, criando um mapa de risco para a ocorrência deste fenômeno na zona urbana de Iranduba. A determinação e análise do risco basearam-se no entendimento de que o risco decorre da combinação de fatores ambientais físicos (perigos naturais) e condições socioeconómicas (vulnerabilidade) da população exposta. Os resultados apontam a vulnerabilidade como principal fator determinante do risco local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Neliane de Sousa Alves, Universidade do Estado do Amazonas - UEA- Amazonas, Brasil

Doutora em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo - USP (2013).Professora Adjunta da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Professora do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos - PROFÁGUA

Ana Carolina Gomes Correa, Universidade do Estado do Amazonas - UEA- Amazonas, Brasil

Mestranda em Geografia/Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricospela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Referências

ALMEIDA, L. Q. Índice DRBI- Indicadores de Risco de Desastres e Mudanças Climáticas no Brasil. In: MENDONÇA, F. (Org.). Riscos Híbridos: concepções e perspectivas socioambientais. 1. Ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2021.

AVELAR, A. S.; NETTO, A. L. C.; LACERDA, W. A.; BECKER, L. B.; MENDONÇA, M. B. Mechanisms of the Recent Catastrophic Landslides in the Mountainous Range of Rio de Janeiro, Brazil. In: MARGOTTINI, C.; CANUTI, P.; SASSA, K. (Ed.). Landslide Science and Practice. Berlin, Heidelberg: Springer, 2013. p. 265-270

BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Departamento de Gestão Territorial – DEGET. Ação Emergencial para Delimitação das Áreas de Risco Geológico de Alto a Muito Alto grau. Iranduba – Amazonas. Março de 2013.

BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM. Departamento de Gestão Territorial – DEGET. Setorização de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Movimentos de Massa, Enchentes e Inundações. Iranduba – Amazonas. Dezembro de 2018.

BRASIL. Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis no 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12651compilado.htm.

COELHO NETTO, A. L. Hidrologia de Encosta na interface com a geomorfologia. In: GUERRA, A. T; CUNHA, S. B. (Org.); Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

CRID - REGIONAL DISASTER INFORMA-TION CENTER LATIN AMERICA AND THE CARIBBEAN. Disaster Controlled Vocabulary. San José: CRID, 2001. 223p.

DESCHAMPS, M. V. Vulnerabilidade socioambiental na Região Metropolitana de Curitiba. Tese de Doutorado. Paraná, Universidade Federal do Paraná, 2004.

DWYER, A.; ZOPPOU, C.; NIELSEN, O.; DAY, S.; ROBERTS, S. Quantifying Social Vulnerability: A methodology for identifying those at risk to natural hazards. Geoscience Australia Record 2004/14, 2004.101 p.

GOERL, R. F.; KOBIYAMA, M.; PELLERIN; J. R. G. M. Proposta Metodológica Para Mapeamento de Áreas de Risco A Inundação: Estudo de Caso do Município de Rio Negrinho – SC. Bol. Geogr., Maringá, v. 30, n. 1, p. 81-100, 2012.

GOERL, R. F.; KOBIYAMA, M. Redução dos desastres naturais: desafio dos geógrafos. Ambiência Guarapuava (PR) v.9 n.1 p. 145 - 172 Jan./Abr. 2013

GUERRA, A. J. T. Processos Erosivos nas Encostas. In: CUNHA, S. B.; GUERRA, A. T. (Org.). A questão ambiental: diferentes abordagens. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008

GUERRA, A. J. T. Encostas e a questão ambiental. In: GUERRA, A. T; CUNHA, S. B. (Org.); Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003

GUERRA, A. T. J.; JORGE, M. C. O. Mapping hazard risk: a case study of Ubatuba, Brazil. Geography Review. V.22, n. 3, 2009

GUERRA, A. J. T. et al. Mass Movements in Petrópolis, Brazil. Geography Review. V.20, n. 4, 2007

HART, M. G. Geomorphology: pure and applied. Londres. Allen and Unwin Publishers, 1986

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa Exploratório de Solos do Estado do Amazonas. Disponível em: fttp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/pedologia/unidades_federacao/am_pedologia.pdf, 2010.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Setores censitários. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/painel/?nivel=st

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/am/iranduba/panorama.

IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Manual de ocupação de encostas. São Paulo: USP, 1991.

IRANDUBA. Plano Diretor. Prefeitura Municipal de Iranduba: Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas. Lei n. 121, de 21 de fevereiro de 2016. Diário Oficial.

MARCELINO, E. V., NUNES, L. H., KOBIYAMA, M. Mapeamento de risco de desastres naturais do estado de Santa Catarina. Caminhos da Geografia (UFU), Uberlândia, v.7, n.17, p.72-84, 2006.

MCID – MINISTÉRIO DAS CIDADES / INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. Treinamento de Técnicos Municipais para o Mapeamento e Gerenciamento de Áreas Urbanas com Risco de Escorregamentos, Enchentes e Inundações. Apostila de treinamento. 2004. 73p.

MENDONÇA, F. Riscos, vulnerabilidade e abordagem socioambiental urbana: uma reflexão a partir da RMC e de Curitiba. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 10, p. 139-148, jul./dez. 2004. Editora UFPR

MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e Vulnerabilidade socioambiental urbana: uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. GeoTextos, vol. 4, n. 1 e 2, p. 145-163, 2008

MENDONÇA, F.; BUFFON, E. A. M. Riscos Híbridos. In: MENDONÇA, F. (Org.). Riscos Híbridos: concepções e perspectivas socioambientais. 1. Ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2021

MOLINARI, D. C. Dinâmica erosiva e cicatrizes de movimento de massa – Presidente Figueiredo AM. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2007

PARIZZI, M. G. Desastres Naturais e Induzidos e o Risco Urbano. Geonomos, 22 (1), 1-9, 2014.

PNUD – PROGRAMA NACIONAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM, 2010 Disponível em <https://hdr.undp.org/data-center/human-development-index>. Acesso em 20 jul. 2021

QUANTUM GIS User Guide – Version 3.16.1 Hannover. Acesso em 17/07/2021. Disponível em <https://qgis.org/en/site/forusers/download.html>

ROSS, J. L. S. Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. Revista do Departamento de Geografia, 8, 63-74. São Paulo, 2011.

SANTOS, J. O. Relações entre fragilidade ambiental e vulnerabilidade social na susceptibilidade aos riscos. Mercator, Fortaleza, V. 14, n. 2, p. 75-90, 2015

SANTOS, J. O.; ROSS, J. L. S. Fragilidade Ambiental Urbana. Revista da ANPEGE, v. 8, n. 10, p.127-144, 2012

SCHMIDT-THOMÉ, P.; JARVA, J. The spatial effects and management of natural and technological hazards in general and in relation to climate change. ESPON, 3st Interim Report, 2004. 15 p

SELBY, M. J. Hillslope materials and processes. 2 ed. Oxford University Press, 1993

SILVA, I. N. Geomorfologia e planejamento ambiental: identificação e monitoramento de voçorocas no sítio urbano de Iranduba/AM. Dissertação (Mestrado em Geografia) -Universidade Federal do Amazonas – UFAM, 2020

SILVA, I.R.; MOREIRA, P.B.H.; ALVES, N.S. Proposta metodológica para mapeamento de áreas de risco a movimento de massa em Iranduba-AM. In: PINHEIRO, L.S; GORAYEB, A. (ORG). Geografia Física e as Mudanças Globais. Fortaleza: Editora UFC, 2019

SMALL, R. J.; CLARK, M. J. Slopes and weathering. Cambridge: Cambridge University Press, 1982. 112 p.

TOMINAGA, L. K. Desastres naturais: por que ocorrem? In: TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastres naturais: conhecer para prevenir. 3. ed. São Paulo: Instituto Geológico, 2015. p. 11-24.

TRUDGILL, S. T. Soil and vegetation systems. Oxford: Oxford University Press, 1988. 211 p.

UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais: 1991 a 2012. 2. ed. rev. ampl. Florianópolis: Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres/UFSC, 2013

UNDP – United Nations Development Program. Reducing disaster risk: a challenge for development. New York: UNDP, 2004. 130p.

USGS - UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY. Topodata - Banco de Dados Geomorfométricos do Brasil. Disponível em: <http://www.dsr.inpe.br/topodata> Acesso em 17 de jun. 2021

VEYRET, Yvette. (Org.). Os Riscos: O homem como agressor e vítima do meio ambiente. Tradução de Dilson Ferreira da Cruz. 1. Ed. São Paulo: Contexto, 2007.

Publicado

2024-04-30

Como Citar

ALVES, N. de S.; CORREA, A. C. G. .; SILVA, I. R. da . Riscos e Vulnerabilidade socioambiental urbana em Iranduba-Amazonas. Geopauta, [S. l.], v. 8, p. e14300, 2024. DOI: 10.22481/rg.v8.e2024.e14300. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/14300. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos