Análise espaço temporal das coberturas campestres do bioma Pampa: reflexões sobre a sua degradação
DOI:
https://doi.org/10.22481/rg.v8.e2024.e15647Palavras-chave:
Geoprocessamento, dinâmica do uso e cobertura da terra, legislação ambiental, commodities agrícolasResumo
As áreas com Formação Campestres presentes no Bioma Pampa são consideradas zonas de elevada pressão para o avanço das fronteiras agrícolas, especialmente por commodities agrícolas. Neste sentido, o objetivo do presente artigo foi o de avaliar a dinâmica espaço temporal (1985-2022) das coberturas de Formação Campestre do Bioma Pampa presente no estado do Rio Grande do Sul visando identificar as fronteiras agrícolas e o grau de degradação deste bioma. Foram utilziadas técnicas de geoprocessamento e os dados provenientes da coleção 8 do MapBiomas. No período de 1985 a 2022 houve a supressão de 56,3% da vegetação Campestre remanescente que existia em 1985, restando 31% de vegetação remanescente. A supressão da vegetação nativa se deu, predominantemente, em prol da Sojicultura.
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