Entre ciudades rotas y salas de desalojos: territorios, nomenclaturas y relaciones de poder

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v9i1.13940

Palabras clave:

Comunidad, Espacio urbano, Favelas, Representaciones

Resumen

En septiembre de 2023 tuvo lugar el “I Encuentro Nacional de Producción, Análisis y Difusión de Información sobre Favelas y Comunidades Urbanas en Brasil”, promovido por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE). El objetivo central del evento fue discutir la nomenclatura “aglomeraciones subnormales”, utilizada para designar territorios periféricos como favelas, cuevas, zonas inundadas, etc. en las investigaciones y publicaciones oficiales de la agencia. En este texto busqué relatar mi experiencia en el evento, a partir de la descripción de algunos aspectos que considero centrales, además de explicar cuánto me impactó personalmente este encuentro como mujer, negra y periférica que soy. Al final de mi presentación, concluyo que nombrar es ejercer poder. Al abrir sus puertas a la sociedad, el IBGE se acerca a la construcción de una sociedad más democrática y plural, alejándose de discursos estigmatizantes y peyorativos sobre estos territorios y sus poblaciones.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Joice Soares, Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence/IBGE) - Brasil

Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atualmente, é professora e pesquisadora na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), atuando na graduação, na especialização e no Programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas. Responde, ainda, pela Gerência de Tecnologia e Apoio à Capacitação (GTAC), órgão ligado à Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento (CTA) da ENCE. Integra os grupos de pesquisa Memória e Espaço; e Gênero, Sexualidades, Reprodução e suas Interseccionalidades (GENERIS) do CNPq. Também é membro do Laboratório de História Oral e Documentação (LAHODOC), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Interessa-se por estudos sobre violência(s), segurança pública; relações raciais; gênero; dinâmicas urbanas e segregação socioespacial; racismo e injustiça ambiental; pensamento social brasileiro; perspectivas decoloniais; e educação pública.

Citas

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade, lembranças de velhos. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

DELACROIX, Christian. A história do tempo presente, uma história (realmente) como as outras?. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 23, jan./mar. 2018, p. 39-79. DOI: https://doi.org/10.5965/2175180310232018005

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.

GONÇALVES, Rafael S. Censos e favelas cariocas: evolução de um conceito censitário. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 28, p.1-30, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28e23

GONÇALVES, Rafael Soares; AMOROSO, Mauro. Golpe militar e remoções das favelas cariocas: revisitando um passado ainda atual. Acervo, Rio de Janeiro, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 209–226, 2014.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, p. 7–41, 2009.

IBGE. I Encontro Nacional de Produção, Análise e Disseminação de Informações sobre as Favelas e Comunidades Urbanas do Brasil. [Online] Disponível em: https://eventos.ibge.gov.br/infofavela2023/apresentacao. Acesso em: 18 nov. 2023.

IBGE. Notas metodológicas n. 01. Sobre a mudança de Aglomerados Subnormais para Favelas e Comunidades Urbanas. Rio de Janeiro: IBGE, 2024.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2000.

KOSELLECK, Reinhardt. Futuro passado. Contribuições à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUC-Rio, 2006.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.

LEITE, Márcia Pereira. Da “metáfora da guerra” ao projeto de “pacificação”: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo, v. 6, n. 2, 2012. DOI: https://doi.org/10.31060/rbsp.2012.v6.n2.126

LEITE, Márcia Pereira. Entre a “guerra” e a “paz”: Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Dilemas, vol. 7, n. 4, p. 625-642, out/nov/dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v7.n.4.7270

MELLO, Marco Antônio da Silva; MACHADO DA SILVA, Luíz Antônio; FREIRE, Letícia de Luna; SIMÕES, Soraya Silveira. Favelas cariocas: ontem e hoje. Rio de Janeiro: Garamond, 2012.

MISSE, Michel. Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Civitas, Porto Alegre, v. 8, n. 3, 2008. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2008.3.4865

OLIVEIRA, Samuel Silva Rodrigues de. Informalidade urbana, classe trabalhadora e raça no Rio de Janeiro: a história dos censos de favelas (1948-1960). Revista de História, São Paulo, [S. l.], n. 180, p. 1-27, 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.170643

RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

VALLADARES, Licia do Prado. A invenção da favela: do mito de origem à favela.com. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005.

VALLADARES, Licia do Prado. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

VENTURA, Zuenir. Cidade partida. São Paulo: Companhia das Letras,1994.

Publicado

2024-05-01

Cómo citar

Soares, J. (2024). Entre ciudades rotas y salas de desalojos: territorios, nomenclaturas y relaciones de poder: . ODEERE, 9(1), 178-193. https://doi.org/10.22481/odeere.v9i1.13940