O abandono em psicoterapia como sinônimo de sucesso terapêutico e autonomia do sujeito.
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v19i1.10698Palabras clave:
Pacientes Desistentes do Tratamento, Aliança terapêutica, Terapia cognitivo-comportamental, Psicoterapia breveResumen
Este artigo apresenta um relato de experiência de acompanhamento psicoterápico sob a perspectiva da abordagem cognitivo-comportamental, processo no qual a paciente deixou de comparecer aos atendimentos pré-agendados. Realizou-se cinco encontros, duas entrevistas e três sessões, dos doze previstos, no âmbito do serviço-escola de psicologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. As entrevistas foram abertas e buscaram delinear os objetivos do tratamento e a queixa motivadora da busca por psicoterapia. Identificou-se a recorrência de ataques de pânico. Psicoeducação, registro de pensamentos automáticos disfuncionais, descoberta guiada e questionamento socrático foram utilizados como ferramentas terapêuticas. Apesar de incompleto, verificou-se através do relato da paciente que o procedimento propiciou melhora nos relacionamentos familiares e na sintomatologia identificada. Em vista disso, se discute alguns determinantes e implicações possíveis de serem apreendidos do processo que havia se dado até então. Ferramentas de enfrentamento ao abandono psicoterápico em clínicas escola são sugeridas com base na literatura. Em contraste com as produções sobre abandono terapêutico e aliança terapêutica, considera-se que apesar da habilidade clínica pouco refinada do terapeuta e do seu baixo domínio da perspectiva teórica, houve a melhora do quadro clínico verbalizado pela própria paciente o que sugere a importância da relação terapêutica para além dos protocolos de tratamento.
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