Identificação dos fatores de riscos para o desenvolvimento da síndrome de burnout em médicos residentes
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v18i3.10957Palabras clave:
Síndrome de Burnout, Profissionais de saúde, Esgotamento profissional, EstresseResumen
A concorrência do mercado de trabalho aliado à disputa para melhores vagas faz com que os trabalhadores da saúde dediquem tempo em excesso ao seu emprego. Além disso, a sobrecarga de estresse físico aliada a grande carga horária, estresse psicológico e óbitos de pacientes, podem gerar insatisfação no ambiente de trabalho. Com isso, sintomas depressivos, esgotamento profissional, falta de prazer no ambiente de convivência e estresse emocional podem ocasionar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. A pesquisa é relevante visto que buscou analisar os fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais da área de saúde. A metodologia iniciou com a abordagem de profissionais de saúde na residência médica com uma amostra de 24 indivíduos. A coleta de dados consistiu na aplicação de questionários digital online que incluiu: socioeconômico, WHOQOL (World Health Organizativo Quality of Live Bref) e MBI (Maslach Burnout Inventory). Os resultados se deram através do cruzamento dos dados que demonstraram que 81,81% declararam que trabalhar em conjunto com pessoas exige um grande esforço algumas vezes na semana e 54,55% relataram se sentirem emocionalmente exaustos com o trabalho com carga horária semanal acima de 50 horas. A rotina de trabalho dos médicos residentes demonstrou uma carga horária exaustiva associada à demanda psicológica alta devido à pressão pessoal e de chefia. Dentre os participantes, o esgotamento profissional e despersonalização estavam presentes em mais da metade que apresentaram essas características durante algumas vezes por semana. Logo, foram encontrados fatores de risco prévios para o desenvolvimento de Síndrome de Burnout.
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