A utilização da estimulação elétrica nervosa transcutânea (tens) no tratamento da espasticidade – uma revisão bibliográfica
Palabras clave:
espasticidade, eletroestimulação, TENSResumen
Este estudo tem como objetivo discutir o emprego da TENS na espasticidade, observando os parâmetros principais, forma de aplicação e o mecanismo pelo qual a TENS age na espasticidade. Trata-se de uma revisão bibliográfica baseada na literatura especializada através de consulta a artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados do scielo e da bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs. Os estudos encontrados sobre o emprego da TENS na espasticidade, apontaram que esta corrente reduz significativamente a espasticidade principalmente em graus mais baixos. Os parâmetros de eletroestimulação revelaram que a TENS (cerca de 100Hz) de freqüência mais elevada proporciona um melhor efeito na redução da espasticidade. Os tipos de TENS mais usados foram o convencional e o breve-intenso, porém alguns estudos não apresentaram a duração de pulso empregada, limitando a determinação de uma melhor modalidade de TENS. Poucos estudos explicaram o mecanismo de atuação da referida corrente. Os que o fizeram, apontaram a liberação de opióides endógenos (dinorfinas) pelo sistema nervoso central como principal mecanismo de atuação, porém este contrasta com as bases neurofisiológicas da estimulação de alta freqüência, que demonstrou melhores resultados nos estudos encontrados. Ainda é necessário mais estudos sobre o emprego dessa modalidade de eletroestimulação na espasticidade, já que parâmetros importantes como duração de pulso, tempo de aplicação, números de atendimento e mecanismo de atuação permanecem sem comprovação científica.