Adesão de universitários ao uso dos preservativos
Palabras clave:
preservativos, prevenção, dst/aidsResumen
A pandemia da Aids emergiu como uma doença grave, sinônimo de morte programada, predominante entre pessoas pertencentes aos denominados “grupo de risco”, a exemplo dos homossexuais masculinos e usuários de drogas injetáveis. No decorrer dos anos, o perfil dos infectados passou por importante transição epidemiológica, caracterizada pela interiorização, juvenização, pauperização, heterossexualidade, feminização e enegrecimento. Essa nova vertente levou a compreensão da incorporação do termo comportamento de risco que, recentemente, foi substituído pelo conceito de vulnerabilidade já que este incorpora dimensões culturais, sociais, econômicas e programáticas, dentre outras. Considerando a relevante morbimortalidade decorrente da infecção, sua prevenção e controle constituem destaque no âmbito da saúde coletiva. Neste contexto, temos o uso do preservativo em todas as relações sexuais, como estratégia fundamental para contenção da propagação das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em geral. Foram objetivos do estudo: verificar a adesão de universitários ao uso do preservativo; comparar se há diferença entre a adesão ao uso dos preservativos entre universitários matriculados no curso de enfermagem do I ao IV semestres e os discentes do V ao VII semestres; identificar fatores que facilitam e/ou dificultam a adesão dos universitários ao uso dos preservativos. A pesquisa, de caráter exploratório e natureza qualitativa, se fundamentou nos princípios da Teoria das Representações Sociais. Foram informantes do estudo 20 estudantes do curso de enfermagem de uma universidade pública, situada no interior da Bahia. Os dados foram coletados mediante realização de entrevistas guiadas por roteiro semi – estruturado. A análise foi feita por meio da técnica de análise de conteúdo temática. Diante dos resultados evidenciou-se vulnerabilidade dos acadêmicos, devido a não adesão ao uso do preservativo, em todas as relações sexuais. O fato merece atenção já que todos destacaram a importância do uso do método na prevenção de IST e/ou da gravidez não planejada. Há de se considerar que, por pertencerem os informantes ao meio acadêmico, onde informações com embasamento científico a respeito da temática fazem parte do currículo, que os mesmos estivessem sensibilizados para exercerem sua sexualidade de forma saudável. Espera-se que os resultados do estudo possam contribuir para sensibilização dos acadêmicos de enfermagem quanto à necessidade da mudança comportamental na prática sexual, no intuito de que doenças sexualmente transmissíveis possam ser evitadas.