A não-adesão de idosos à terapêutica anti-hipertensiva: um desafio a ser enfrentado pela equipe multiprofissional
Palabras clave:
adesão à medicação, hipertensão, fatores de risco, uso de medicamentos, saúde do idosoResumen
Este artigo tem o objetivo de identificar e discutir os fatores relacionados a não-adesão à terapêutica anti-hipertensiva. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que teve como parâmetro cronológico o período compreendido entre 1975 a 2009. Foram utilizadas fonte primária de dados disponíveis nas bases de dados Bireme, sites da Sociedade Brasileira de Hipertensão e da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os resultados revelam que muitos fatores podem ser predisponentes da não-adesão devendo ser analisados e enfrentados pelos pacientes, instituições e profissionais de saúde. Entre esses podem ser destacados os fatores relacionados à doença e ao tratamento, como ausência de sintomas e efeitos colaterais; dificuldades no acesso aos medicamentos e serviços; características sócio-demográficas, como analfabetismo e baixo nível de conhecimentos sobre saúde; relacionados a incapacidades funcionais como déficits cognitivos, visuais e auditivos; perfil psicológico do paciente e lócus de controle; fatores relacionados à crença, hábitos de vida e cultura; fatores relacionais como insuficiente apoio social, familiar e institucional; e relação profissional de saúde-paciente precária. Os estudos de adesão podem contribuir significativamente, tanto para o planejamento e organização das ações de saúde quanto para reorientar as práticas assistenciais, na perspectiva da utilização racional dos medicamentos por idosos.