Avaliação entre a esquistossomose e o acesso ao saneamento básico no estado da Bahia, no período de 2015 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rsc.v18i2.10361

Palavras-chave:

Esquistossomose Mansoni, Saneamento Básico, Epidemiologia, Doenças Negligenciadas, Sistema de Informação em Saúde

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar a correlação da esquistossomose mansônica com o acesso ao saneamento básico na Bahia entre 2015 a 2019. Foi realizado um estudo ecológico com o número de casos positivos de esquistossomose do banco de dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde e os dados de saneamento básico (abastecimento de água, coleta de lixo e rede de esgoto) do Painel do Saneamento Básico, referentes ao estado da Bahia no período definido. Posteriormente, as variáveis foram correlacionadas utilizando-se o coeficiente de Spearman e p < 0,05 como nível de significância. Os resultados evidenciaram cobertura de saneamento básico no estado da Bahia inferiores aos níveis nacionais em 2019, com 19%, 47% e 16% da população sem acesso à água, coleta de esgoto e coleta de lixo, respectivamente. Enquanto isso, o período de 2015 a 2019, somou 9.703 casos positivos de esquistossomose na Bahia, com diminuição geral do número de casos no ano de 2019. A relação entre a prevalência da esquistossomose na Bahia e os fatores do saneamento básico selecionados não mostrou correlação significativa, em contraste com a relação evidenciada na literatura. Apesar disso, foi demonstrado alto número de casos de esquistossomose, baixa cobertura do saneamento básico e divergência entre os sistemas de informação em saúde no estado da Bahia, pontos passíveis de melhorias para a condição de saúde e acesso à informação da população.

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Publicado

2022-08-03

Como Citar

Fernandes de Oliveira, V., Araujo de Jesus Oliveira, A., Sousa de Queiroz, S., Maria Bitencourt Teixeira Leite , C., & Paixão Cardoso , J. (2022). Avaliação entre a esquistossomose e o acesso ao saneamento básico no estado da Bahia, no período de 2015 a 2019. Saúde.Com, 18(2). https://doi.org/10.22481/rsc.v18i2.10361

Edição

Seção

Artigos originais