Acidente vascular cerebral: percepções dos enfermeiros na classificação de risco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rsc.v20i4.14458

Palavras-chave:

Profissionais de Enfermagem, Enfermagem em Emergência, Classificação de Risco, Protocolo de Manchester, Acidente Vascular Cerebral

Resumo

O objetivo do estudo foi identificar as percepções dos enfermeiros em relação à classificação de risco na identificação dos sintomas de AVC. O acidente vascular cerebral, AVC, ocorre quando os vasos responsáveis pelo transporte do sangue até o cérebro se rompem ou entopem, e com isso, acaba provocando a paralisia da região cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Ao apresentar os sintomas do AVC em uma Unidade de Pronto Atendimento, o paciente é atendido inicialmente por um enfermeiro, que tem a responsabilidade de identificar os sinais e sintomas e encaminhar o paciente para atendimento imediato. Foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa, entrevistando 12 Enfermeiros graduados em Enfermagem, atuantes nas Unidades de Pronto Atendimento, em Joinville. A coleta de dados ocorreu mediante a aplicação de um questionário presencialmente com perguntas abertas sobre o tema e sobre o profissional enfermeiro. Inicialmente houve um período de ambientação na classificação de risco, que foi o cenário do estudo, com os participantes e as  pesquisadoras para, posteriormente, propor-se o questionário individual com cada profissional. Os dados foram coletados no período de Agosto a Outubro de 2023 e exclusivamente presencial com cada enfermeiro participante. Foi utilizado um instrumento criado pelas pesquisadoras com perguntas abertas sobre o tema e o processamento dos dados segue a prerrogativa de Minayo, na análise temática. Em vista disso, a pesquisa respeitou os preceitos éticos da resolução 510/2016 do CNS. Participaram da pesquisa doze enfermeiros, com idades entre 25 e 55 anos, e com um tempo de experiência na área de urgência e emergência variando de cinco a quinze anos. Foi possível observar, com base nos resultados obtidos através da pesquisa, que alguns enfermeiros se sentem inseguros em atender pacientes que estejam apresentando sintomas de AVC, principalmente nos casos em que já existem outras comorbidades associadas ou quando os sintomas são apresentados em pacientes idosos. Evidenciou-se com a pesquisa, que os enfermeiros atuantes na classificação de risco prezam por um atendimento otimizado e eficaz quando identificam pacientes com sintomas de AVC na classificação de risco. Alguns enfermeiros não possuem especialização na área de urgência e emergência, mas todos participam de treinamentos e capacitações sobre o AVC ofertadas pela instituição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lara Stefanny da Silva, Faculdade IELUSC

Graduada em Enfermagem - Faculdade Ielusc

Isabela Vieira, Faculdade IELUSC

Graduada em Enfermagem - Faculdade Ielusc

Janayna Aparecida Streit Leandro, Faculdade IELUSC

Graduanda em Enfermagem  - Faculdade Ielusc

Referências

Silva D, Melo M, Duarte E, Borges A. Cuidados de enfermagem à vítima de acidente vascular cerebral(AVC): revisão integrativa. Rev. Elet. Acervo Saúde. 2019 nov; 36: e2136. Disponível em : https://doi.org/10.25248/reas.e2136. Acesso em 5 setembro de 2023.

Lima JN, Lima LR, Cavalcante EGR, Quirino GS, Pinheiro WR. Nursing theories in the care of stroke patients: a scoping review. Rev Bras Enferm. 2023;76(5):e20220791. Disponível em : https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0791pt. Acesso em 24 de outubro de 2023.

Schmidt M, Selau C, Soares P, Franchi E, Piber V, Quatrin L. Acidente vascular cerebral e diferentes limitações: uma análise interdisciplinar. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR. 2019 aug; 23 (2): 139-144. Disponível em : https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/6404/3778 . Acesso em: 18 de outubro de 2023.

Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. Sistema Manchester de Classificação de Risco. 2019 [citado 20/01/2024]. Disponível em : https://www.gbcr.org.br/wp-content/uploads/2021/03/DIRETRIZES.pdf. Acesso em: 10 de setembro de 2023.

Carvalho S, Oliveira B, Nascimento C, Gois C, Pinto Y. Percepção da equipe de enfermagem sobre a implantação do setor de acolhimento com classificação de risco às gestantes. Rev. bras. saúde mater. Infant. 2018; 18 (2): 309-315. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1806-93042018000200004. Acesso em 10 de agosto de 2023.

Madeira DB, Loureiro GM, Nora EA. Classificação de risco: perfil do atendimento em um hospital municipal do leste de Minas Gerais. Revista Enfermagem Integrada. 2010; 3.2: 543-553.

Ministério da Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. HumanizaSUS. 2010 [citado em 16/11/2023]. Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf. Acesso em 20 de outubro de 2023.

Summer J, Kagerer F, Garry M, Hiraga C, Loftus A, Cauraugh J. Bilateral and unilateral movement training on upper limb function in chronic stroke patients: a TMS study. J. Neurol. Sci. 2007; 252: 76-82. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jns.2006.10.011. Acesso em 20 de outubro de 2023.

Lima A, Silva A, Guerra D, Barbosa I, Bezerra K, Oriá M. Diagnósticos de enfermagem em pacientes com acidente vascular cerebral: revisão integrativa. Rev Bras Enferm. 2016 Jul;69(4):785–92. Disponível em : https://doi.org/10.1590/0034-7167.2016690423i. Acesso em 21 de outubro de 2023.

Costa A, Mendes L, Ferreira B, Costa A, Matos S, Sete A, et al. Triagem de Manchester do paciente com acidente vascular cerebral: dificuldade de enfermeiros brasileiros e portugueses. Open Sci. Res. 2020; 6. Disponível em: https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/220910300.pdf. Acesso em 21 de outubro de 2023.

Carmo B, Souza G. Atuação do enfermeiro na classificação de risco através do Protocolo de Manchester: uma revisão da literatura. Rev. Eletr. Ace. Sa. 2018; 11: 1081–8. Disponível em:https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26592/23590. Acesso em 23 de outubro de 2023.

Costa A, Preto L, Barreira I, Mendes L., Araújo F, Novo A. Triagem e ativação da via verde do acidente vascular cerebral: dificuldades sentidas pelos enfermeiros. RPER. 2020; 3(2). Disponível em: https://doi.org/10.33194/rper.2020.v3.n2.14.5829. Acesso em 5 de novembro de 2023.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa Qualitativa em Saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

Whebe G, Galvao M. Aplicação da Liderança Situacional em enfermagem de emergência. Rev. Bra. Enf. 2005 feb[ citado em 15/11/2023]; 58(1):33-8. Disponível em : https://pdfs.semanticscholar.org/e372/7fd688847e8c2c0c7e47f7ec490827dc411c.pdf. Acesso em 7 de novembro de 2023.

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n°311/2007. Código de ética dos profissionais de enfermagem. 2007 jan:13. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/resolucao_311_anexo.pdf. Acesso em 7 de novembro de 2023.

Amestoy S, Milbrath V, Cestari M, Thofern M. Educação permanente e sua inserção no trabalho da enfermagem. Cie. Cuid. Saú. 2008 mar [ citado em 01/09/2023];7(1):083-088. Disponível em : https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/viewFile/4910/3213. Acesso em 7 de novembro de 2023.

Paschoal AS. O discurso do enfermeiro sobre educação permanente no grupo focal. Tese de doutorado. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Avaible from: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/33955> Acesso em: 15 de novembro 2023.

Costa L, Lobo M, Machado C, Sabino C, Almeida D, Silveira S, et al. O papel da enfermagem na classificação de risco sob a visão de acadêmicos de enfermagem. Res., Soc., and Dev. 2022 Apr [citado em 15/11/2023]; 11(6):e28211628973. Disponível em : http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28973. Acesso em: 15 de novembro 2023.

Malucelli A, Otemaier K, Bonnet M, Cubas M, Garcia T. Sistema de informação para apoio à sistematização da assistência de enfermagem. Rev. Br. Enf. 2010 jul [citado 20/11/2023]; 63(4): 629-36. Disponível em : https://www.scielo.br/j/reben/a/mwGtB4fRZXX6Td8TXkMW83m/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 de novembro 2023.

Santos C, Morais S, Abib M, Andrade S, Oliveira F. Sistema de Triagem de Manchester: percepções de enfermeiros de uma unidade de pronto atendimento do Centro Oeste Mineiro. Rev. Elet. Ace. Sau. 2002 oct [citado em 17/11/2023]; 15(10), e10916. Disponível em : https://doi.org/10.25248/reas.e10916.2022. Acesso em: 15 de novembro 2023.

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº661/2021. Atualiza e normatiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, a participação da Equipe de Enfermagem na atividade de Classificação de Risco. Cofen. 2021 mar [citado em 16/11/2023]. Disponível em : https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-661-2021/. Acesso em: 16 de novembro 2023.

COFEN - Resolução COFEN nº. 311/2007: Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília, 2007. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/resolucao_311_anexo.pdf. Acesso em: 18 de novembro 2023.

Pereira M. O Sistema de Triagem de Manchester e a pessoa com Acidente Vascular Cerebral [dissertação da internet]. Coimbra: Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; 2014 [citado em 12/11/2023]. 111p. Disponível em : https://repositorio.esenfc.pt/rc/. Acesso em: 15 de novembro 2023.

National Institute of Neurological Disorders and Stroke National Institutes of Health Bethesda, MD 20892 Last updated June 19, 2008 National Symposium on Rapid Identification and Treatment of Acute Stroke December 12-13, 1996. Acesso em: 17 de novembro 2023.

Bramatti R, Ferreira O, Silva R. O papel do enfermeiro na classificação de risco na urgência e emergência é baseado no protocolo de Manchester. Anais do 19º Encontro Científico Cultural Interinstitucional. Acesso em: 16 de novembro 2023.

Morais LF, Arruda CB, Xavier, AT, Cabral JVB. O protocolo de Manchester como ferramenta de melhora dos serviços de emergência. Rev. enferm. atenção saúde ; 10(1): e20210. Disponível em :https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/07/1281663/o-protocolo-de-manchester.pdf. Acesso em: 17 de novembro 2023.

Downloads

Publicado

2024-12-18

Como Citar

da Silva, L. S., Vieira, I., Streit Leandro, J. A., & de Freitas Milarch, C. (2024). Acidente vascular cerebral: percepções dos enfermeiros na classificação de risco. Saúde.Com, 20(4), 3485 - 3493. https://doi.org/10.22481/rsc.v20i4.14458

Edição

Seção

Artigos originais