Notas sobre o interesse da psicologia dinâmica de Winnicott para a educação

Autores

  • Leopoldo Fulgencio

Palavras-chave:

Ambiente, Dependência, Amadurecimento, Escola, Educadores

Resumo

Neste artigo, pretendo analisar alguns aspectos da relação entre a
criança e o ambiente, com base na teoria psicanalítica de D. W. Winnicott,
tendo em vista uma possível contribuição que esse psicanalista pode dar à
puericultura. Após identificar alguns aspectos fundamentais da sua teoria
do amadurecimento pessoal, tais como a continuidade de ser e a tendência inata
para o amadurecimento, explicita-se as características gerais do desenvolvimento
afetivo do ser humano, desenvolvimento este que é analisado partindo de uma
fase inicial de dependência absoluta, tendendo, na saúde, a alcançar a fase de
independência relativa na maturidade. Comenta-se que esse amadurecimento
é dependente de um ambiente “suficientemente bom”, ou seja, suficiente na
comunicação e no entendimento das necessidades da criança e na possibilidade
de ela ser espontânea. Mostra-se, assim, que o amadurecimento não-patológico
corresponde à possibilidade da pessoa se identificar com grupos cada
vez mais amplos, sem perder sua espontaneidade. Ao explicitar que, para
Winnicott, o encontro com a cultura corresponde, na saúde, à possibilidade de conjugar o mundo psíquico interior com a realidade externa, vivendo,
habitando e constituindo uma terceira área da experiência, procura-se retomar
alguns comentários de Winnicott sobre o papel da escola e dos educadores,
diferenciando-os do papel do terapeuta.

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Como Citar

Fulgencio, L. (2018). Notas sobre o interesse da psicologia dinâmica de Winnicott para a educação. APRENDER - Caderno De Filosofia E Psicologia Da Educação, 2(11). Recuperado de https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/3119