Em que consistem, sinteticamente, as críticas teóricas e metodológicas à ortodoxia econômica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/ccsa.v19i33.10652

Palavras-chave:

Mainstream economic. Economia neoclássica. Heterodoxia econômica. Racionalidade. Individualismo metodológico.

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar de maneira introdutória, as críticas da heterodoxia econômica imputadas à economia neoclássica. Para tanto, por meio a revisão de literatura, busca-se a explicitação dos pressupostos e noção positivista dentro do arcabouço teórico e metodológico. Ademais, é empreendido o esforço de identificar, com base em seus fundamentos, a sua percepção do papel e função do Estado. Conforme se apresenta, ao supor que as relações econômicas são baseadas no comportamento maximizador do homo economicus racional e na estabilidade do equilíbrio dos mercados com caráter natural e universal, a ortodoxia econômica não contempla a possibilidade de a história vir a alterar decisivamente seus teoremas fundamentais, uma vez que a história é reduzida à estática simultânea de equações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raphael de Oliveira Silva

Graduado em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Doutorando em Economia pela Universidade Federal da Bahia. Pesquisador associado da Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos (DIRUR) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Mabel Diz Marques

Graduada e Doutoranda em Economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pesquisadora na Unidade de Estudos Setoriais da UFBA.

Referências

AVELÃS NUNES, Antônio José. Noção e objeto da economia política. Coimbra, Universidade de Coimbra, 1994.

ANDERSON, P. Balanço do neoliberalismo. In: EMI, S.; BARON, A.; GENTILI, P. (Eds.). Pós- neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1995. p. 9–23.

BELLUZZO, L. G. O capital e a ontologia do ser social. In: O capital e Suas Metamorfoses. 1. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2013. p. 192.

BUENO, Newton Paulo. Um critério de demarcação para a abordagem da economia política. In Pesquisa & Debate. São Paulo, PUC-SP, volume 8, número 1 (10), 1997.

CALDWELL, B. Beyond Positivism: Economic Methodology in the 20th century. New York: Taylor & Francis e-Library, 2003.

CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.

CIPOLLA, F. P. Diferentes teorias marxistas de crise e diferentes interpretações da crise atual. Economia e Sociedade, v. 21, n. 1, p. 39–59, 2012.

CORAZZA, G. O todo e as partes: uma introdução ao método da Economia Política. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 26, n. 4, p. 35–50, 1996.

DUAYER, M.; MEDEIROS, J. L.; PAINCEIRA, J. P. A Miséria do Instrumentalismo na Tradição Neoclássica. Estudos Econômicos, v. 31, n. 4, p. 723–783, 2001.

FREEMAN, Alan. Heavens Above: what equilibrium means for economics. In; Mosini (ed) Equilibrium in Economics, London: Routledge, 2007.

FILGUEIRAS, L. A. M. Economia política versus economia positiva: proposta de um antimanual de introdução à economia. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, n. 50, p. 142–154, 2018.

FRIEDMAN, M. Essays in Positive Economics. Chicago: University of Chicago Press, 1953.

GUIMARÃES AUGUSTO, A. Teoria da ação na escola neoclássica: Uma resenha crítica. Revista Pesquisa & Debate, v. 21, n. 2, p. 225–246, 2010.

LIPIETZ, A. O mundo do pós-fordismo. Indicadores económicos FEE, v. 24, n. 4, p. 79–130, 1997.

LISBOA, M. D. B. A Miséria da Crítica Heterodoxa – Primeira Parte: Sobre as Críticas. Revista de Economia Contemporânea, v. 1, n. 2, p. 5–66, 1997.

LISBOA, M. D. B. A Miséria da Crítica Heterodoxa – Segunda Parte: Método e Equilíbrio na Tradição Neoclássica. Revista de Economia Contemporânea, v. 2, n. 1, p. 113–155, 1998.

LUKÁCS, G. Para uma Ontologia do Ser Social II. São Paulo: Boitempo, 2013.

MEDEIROS, C. A. Auge e declínio dos estados desenvolvimentistas: novos desafios. Parcerias Estratégicas, v. 15, n. 30, p. 159–176, 2010.

PAULANI, L. M. Hayek e o individualismo no discurso econômico. Lua Nova, n. 38, p. 97–124, 1996.

PAULANI, L. M. Neoliberalismo e individualismo. Economia e Sociedade, v. 8, n. 2, p. 115–127, 1999.

PRADO, Eleutério F. A constelação pós-walsariana. São Paulo, Revista de Economia Política, vol. 14, nº 4 (56), outubro-dezembro, 1994.

_________________. Equilíbrio: fundamento ou fenômeno emergente? Marx e o Marxismo - Revista do NIEP-Marx, v.4, n.7, jul/dez 2016.

RODRÍGUEZ-POSE, A. Les institutions, sont-elles importantes pour l’aménagement du territoire? Regional Studies, v. 47, n. 7, p. 1034–1047, 2013.

TEIXEIRA, Rodrigo Alves. Positivismo, historicismo e dialética na metodologia da economia. Dissertação (Mestrado em Economia). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo, p.133, 2003.

WALRAS. L. Compendio dos elementos de economia política pura. Os Economistas. São Paulo, Nova Cultural, 1988.

WEEKS, John. The Irreconcilable Inconsistencies of Neoclassical Macroeconomics: False Paradigm. School of Oriental and African Studies, University of London, 2010.

Downloads

Publicado

2022-04-25

Como Citar

de Oliveira Silva, R., & Diz Marques, M. (2022). Em que consistem, sinteticamente, as críticas teóricas e metodológicas à ortodoxia econômica?. Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas, 19(33), 232-247. https://doi.org/10.22481/ccsa.v19i33.10652

Edição

Seção

Artigos