A arte de traduzir: traduções e o debate sobre gramática, línguas clássicas, vernáculos europeus, puritas, escritura e costume letrado no Portugal dos séculos XVI a XVIII (The art of translating: translations …)
DOI:
https://doi.org/10.22481/el.v15i2.3550Palavras-chave:
Tradução, Gramáticas vernaculares, Puritas, Costume letrado, EscrituraResumo
Este estudo propõe como seu problema o entendimento de duas práticas de tradução concorrentes no Império Português entre os séculos XVI e XVIII: a que defendia ser a boa tradução a que se atinha ao estabelecimento de equivalências lexicais exatas entre o original e o texto traduzido – cabendo, é claro, especificar os limites que as diferenças entre as línguas de partida e de chegada impõem ao próprio ato de traduzir, para além do que cada tradutor compreende ele próprio por e define como tradução mot à mot -, e aquela outra, que fixava como sua tarefa a determinação de equipolências entre unidades frásicas ou oracionais. Como se tentará demonstrar ao longo deste estudo, as diferentes práticas de tradução implicam compreensões muito distintas do valor diferencial das línguas de partida e de chegada, considerando-se que os textos de partida estão compostos, no corpus por nós constituído, em grego e latim; no valor diferencial das línguas de partida e de chegada, por seu turno, está implicada outra questão: a da querela gramatical sobre a superioridade das línguas clássicas frente às línguas modernas. É a esse conjunto específico de problemas que procuraremos dar uma resposta.
PALAVRAS-CHAVE: Tradução. Gramáticas vernaculares. Puritas. Costume letrado;. Escritura.
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