Agrofinanceirização do setor sucroenergético no estado de Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v7.e2024.e14292

Palavras-chave:

Setor sucroenergético, Desregulamentação, Território, Mundialização, agrofinanceirização

Resumo

O objetivo do artigo é analisar agrofinanceirização da agricultura do Estado de Minas Gerais, com foco no setor sucroenergético, na era da globalização do capital, considerando o fluxo de capitais e derivados dos cultivos de cana-de-açúcar. A expansão do setor sucroenergético no Brasil e sua internacionalização na era da globalização do capital. Esse fenômeno econômico é impulsionado pela lógica da produção de commodities e resulta na reconfiguração produtiva do território, gerando novos usos agrícolas. Nesse contexto, o conceito de agrofinanceirização se torna relevante, pois se refere à financeirização do setor agrícola, ou seja, a transformação de ativos agrícolas em instrumentos financeiros. No caso específico do setor sucroenergético, isso significa a transformação da cana-de-açúcar em commodities que são comercializadas mundialmente e que atraem fluxos de capitais. 

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Biografia do Autor

Daniel Castro Féo, Universidade de Brasilia

Possui Graduação em Geografia e Mestrado em Ciências Sociais ênfase em Sociologia, Ciência Política e Antropologia cursados pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente é Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade de Brasília (UnB). Desenvolve pesquisas na área de Geografia Agrária, Econômica e Regional com ênfase nos seguintes temas: Modernização territorial, dinâmica dos lugares, redes e circuitos espaciais de produção, circuitos da economia urbana, região e regionalização, regiões agrícolas, agronegócio e dinâmicas territoriais, urbanização e agronegócio, globalização e política.

 

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Publicado

2024-04-30

Como Citar

FÉO, D. C.; ARAÚJO SOBRINHO, F. L. Agrofinanceirização do setor sucroenergético no estado de Minas Gerais. Geopauta, [S. l.], v. 8, p. e14292, 2024. DOI: 10.22481/rg.v7.e2024.e14292. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/14292. Acesso em: 3 jul. 2024.

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Seção

Artigos