Políticas públicas e HIV/AIDS: um balanço acerca dos serviços de saúde em Presidente Prudente, SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v7.e2023.e12354

Palavras-chave:

Políticas públicas, HIV/AIDS, Geografia da Saúde.

Resumo

O objetivo deste texto foi analisar os processos de estruturação dos serviços de saúde de Presidente Prudente - SP a luz das tensões causadas pela epidemia do HIV/AIDS em seu percurso histórico. Para isso, buscamos respaldo metodológico por meio da revisão bibliográfica narrativa acerca das temáticas centrais, como também empenhamos esforços na elaboração de produtos cartográficos acerca da organização dos serviços de saúde. Assim, avaliamos que a construção dos serviços de saúde voltados ao HIV/AIDS em Presidente Prudente tem apresentados excelentes resultados e também empenhado inúmeros esforços no que tange o atendimento e eficácia. No entanto, ainda apresentam algumas dificuldades em agir para além do modelo hospitalocêntrico-curativo e assistencialista. Assim, recomendamos que os serviços de saúde especializados transcendam  e consigam acessar as pessoas em seu cotidiano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mateus Fachin Pedroso, Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD-Dourados-Mato Grosso do Sul- Brasil

Doutor em Geografia pelA Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP. Pós-Doutorando pela UFGD, Membro da Rede de Estudos de Geografia, Gênero e Sexualidades Ibero Latino-Americana - REGGSILA (https://reggsila.wordpress.com/). Possui experiência em Geografia Humana, Geografia da Saúde, Pesquisa qualitativa em Geografia, Geografia e Gênero. 

Referências

ABREU, D. S. Formação Histórica de uma Cidade Pioneira Paulista: Presidente Prudente. Presidente Prudente: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, 1972, 339 p.

BARCELLOS, C; BASTOS, F. I. Redes sociais e difusão da AIDS no Brasil. Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana, v.121, n.1, p.11-24, 1996.

BASTOS, F. I. A Terceira Década da AIDS. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora da FIOCRUZ, 2006, 104 p.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, dez. 1990.

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília DF, set. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para organização do CTA no âmbito da Prevenção Combinada e nas Redes de Atenção à Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017, 88 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para organização e funcionamento dos CTA do Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010, 77 p.

BRITO, A. M; CASTILHO, E. A; SZWARCWALD, C. L. AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Rev. da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, n. 34, v. 2, p. 207-217, 2000.

DANTAS, A; CURIOSO, R. Geografia e saúde: o lugar como premissa da atividade informacional da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde. Rev. Saúde e Sociedade, n. 25, n. 3, p. 721-735, 2016.

GRANGEIRO, A; SILVA, L. L; TEIXEIRA P. R. Resposta à AIDS no Brasil: contribuições dos movimentos sociais e da reforma sanitária. Rev. Panamericana Salud Publica, v. 26, n. 1, p. 87-94, 2009.

GUIMARÃES, R. B. Geografia política, saúde pública e as lideranças locais. Rev. Brasileira de Geografia Médica e da Saúde – HYGEIA, v. 1, n. 1, p. 18-36, 2005.

GUIMARÃES, R. B. Regionalização da saúde no Brasil: da escala do corpo à escala da nação. 2008. 176 f. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

GUIMARÃES, R. B. Saúde Pública e Política Urbana: memória e imaginário social. 2000. 224 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana do Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

GUIMARÃES, R. B. Saúde: Fundamentos de Geografia Humana. São Paulo (SP). Editora UNESP. 2015, 110 p.

HALLAL, R; RAVASI, G; KUCHENBECKER, R; GRECO, D; SIMÃO, M. O acesso universal ao tratamento antirretroviral no Brasil. Rev. Tempus Actas em Saúde Coletiva, v. 4, p. 53-65, 2010.

HEIMANN, L. S; CARVALHEIRO, J. R; DONATO, A. F; IBANHES, L. C; LOBO, E. F; PESSOTO, U. C. O município e a saúde. São Paulo: Hucitec, 1992, 200 p.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2014. Panorama de Presidente Prudente – SP. @Cidades. Rio de Janeiro: IBGE.

JUNQUEIRA, L. A. P; INOJOSA, R. M. Descentralização do modelo de prestação dos serviços de saúde em São Paulo. Rev. Administração Pública, v. 24, n. 4, p. 07-25, 1990.

MARINS, J. R. P. Acesso universal aos ARV hoje, uma prioridade mais do que nunca! Rev. Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 4, n. 2, p. 75-88, 2010.

MELLO, G. A; IBAÑEZ, N; VIANA, L. Á. Um olhar histórico sobre a questão regional e os Serviços Básicos de Saúde no Estado de São Paulo. Rev. Saúde e Sociedade, v. 20, n. 4, p.853-866, 2011.

MONTEIRO, A. L; VILELA, W. V. A criação do Programa Nacional de DST e Aids como marco para a inclusão da ideia de direitos cidadãos na agenda governamental brasileira. Rev. Psicologia política, v. 9. n. 17, p. 25-45, 2009.

NEMES, M. I. B; CASTANHEIRA, E. R. L; MELCHIOR, R; ALVES, M. T. S. S. B; BASSO, C. Relva. Avaliação da qualidade da assistência no programa de AIDS: questões para a investigação em serviços de saúde no Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 20. n. 2, p. 310-321, 2004.

NORONHA, D. P; FERREIRA, S. M. S. P. Revisões de literatura. In: CAMPELLO, B. S.; CONDÓN, B. V; KREMER, J. M. (Org.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais Belo Horizonte: UFMG, 2000.

NUNES JÚNIOR, S. S; CIOSAK, S. I. Terapia antirretroviral para HIV/AIDS: o estado da arte. Rev. de Enfermagem UFPE on line, v. 12, n. 4, 1103-1111, 2018.

PAIM, Jairnilson Silva. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009, 144 p.

PAIVA, C. H. A; TEIXEIRA, L. A. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde, v.21, n.1, 2014, p.15-35.

PEDROSO, M. F. Contextos geográficos da AIDS e os espaços vividos por jovens com HIV em Presidente Prudente – SP. 2017. 243 f. Monografia (Graduação em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Presidente Prudente.

PEDROSO, M. F. Flores e dores, vozes e vidas: contexto geográfico de mulheres e suas experiências interseccionais em Presidente Prudente, SP. 2022. 360 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente, 2022.

PESSOTO, U. C. A regionalização do Sistema Único de Saúde – SUS no fim dos anos 1990: um discurso conservador. 2010. 190 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente, 2010.

PRADO, R. R. Análise espaço-temporal dos casos de AIDS no estado de São Paulo – 1990 a 2004. 2008. 106 f. Tese (Doutorado em Ciências – Medicina Preventiva) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo.

PRESIDENTE PRUDENTE. Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Presidente Prudente – SP. Pesquisa documental, 2018.

REIS, C. T; CZERESNIA, D; BARCELLOS, C; TASSINARI, W. S. A interiorização da epidemia de HIV/AIDS e o fluxo de intermunicipal de internação hospitalar na Zona da Mata, Minas Gerais, Brasil: uma análise espacial. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 6, p. 1219-1228, 2008.

RIBEIRO, E. A. W. As disputas políticas na gestão da saúde em Presidente Prudente. Caderno Prudentino de Geografia, v. 1, n. 28, p. 103-119, 2006.

ROTHER, E. T. Revisão sistemática X revisão narrativa. Rev. Acta Paulista de Enfermagem, v 20, n. 2, p. 1-2, 2007.

SANTOS, M. Sociedade e espaço: a formação social como teoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, n. 56, p. 81-99, jun. 1977.

SANTOS, M. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. 7. reimpr. São Paulo: Edusp, 2012, 394 p.

SANTOS, M. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985, 88 p.

SANTOS, M; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006, 473 p.

SILVA, C. G. S. Serviço de Assistência Especializada (SAE): uma Experiência Profissional. Psicologia, Ciência e Profissão, n. 27, v. 1, p. 156-163, 2007.

SPOSITO, M. E. B. O chão em Presidente Prudente: a lógica da expansão territorial urbana. 1983. 230 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1983.

TREVISAN, L. N; JUNQUEIRA, L. A. P. Construindo o “pacto de gestão” no SUS: da descentralização tutelada à gestão em rede. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, n. 4, p. 893-902, 2007.

VIEIRA, F. S. Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p.1565-1577, 2009.

YUNES, J. O SUS na lógica da descentralização. Estudos avançados, v. 13, n. 35, p. 65-70, 1999

Publicado

2023-10-23

Como Citar

PEDROSO, M. F. . Políticas públicas e HIV/AIDS: um balanço acerca dos serviços de saúde em Presidente Prudente, SP. Geopauta, [S. l.], v. 7, p. e12354, 2023. DOI: 10.22481/rg.v7.e2023.e12354. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/12354. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê temático