Caminhos insuspeitados da educação
DOI:
https://doi.org/10.22481/aprender.v0i19.4488Abstract
Pretendo explorar neste artigo a relação que têm os escritos de Walter Benjamin com a educação – principalmente aqueles que se referem a uma educação “estética” e aqueles que se referem à esfera da ação (política). Pode parecer que essa esfera esteja distante ou pouco evidente nos escritos do autor que não tratam especificamente da educação. Porém, pretendo mostrar que suas reflexões sobre o barroco e as decorrentes reflexões sobre a política moderna, aquelas que remetem à sua infância, sobre o mito, destino e caráter, e sobre o cinema têm profundas contribuições para se pensar como se dá o aprendizado (e o ensino?) em temos modernos, e certamente também seus escritos sobre o livro infantil e as cartilhas além de suas “propostas pedagógicas”. Todas essas contribuições são atravessadas pela crítica ao excesso de racionalismo e subjetivismo, e à percepção de que nossa apreensão do mundo sensível e social se dá por caminhos que exigem outra concepção de razão.