O QUE SE PODE APRENDER NUMA AULA DE MATEMÁTICA?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22481/aprender.i25.8385

Palabras clave:

Educação matemática menor, aula de matemática, filosofia da diferença, educação menor

Resumen

Esse texto defende que uma aula de matemática não deve ser reduzida a definições, exercícios, modelos de resolução já instituídos. Consideramos a aula de matemática como um lócus possível para a produção de momentos diferenciais, momentos de inspiração que permitam aos estudantes e a nós (professores), pensar no ainda não pensado. Pensar de modos outros. Diante disso, e inspirados pelo pensamento do filósofo Gilles Deleuze, temos nesse texto por objetivo discutir as questões: quais seriam os movimentos, os ritmos possíveis de uma aula de matemática? Como poderia uma aula funcionar como disparador ao exercício do pensamento que rompa com a imagem de pensamento representacional que funda e estrutura tanto os currículos disciplinares quantos as próprias disciplinas? Nesse sentido o texto está dividido em duas partes. Numa primeira abordamos aspectos referentes ao ensino de matemática e num segundo momento apresentamos duas cenas, com o objetivo apenas de provocar nossa função docente. Por fim entendemos que as contribuições de Deleuze, além de desdobramentos propostos por outros autores, nos permitem destacar que os desvios, provocados por uma educação menor e militante, podem abrir espaços potentes para fazer o pensamento funcionar de outros modos, abrir possibilidades para novos encontros numa aula de matemática.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Sílvio Gallo, Unicamp

Livre-Docente em Filosofia da Educação. Professor Titular da Faculdade de Educação da Unicamp e pesquisador bolsista produtividade do CNPq.

Alexandrina Monteiro, Universidade Estadual de Campinas

Doutora em Educação. Professora da Faculdade de Educação da Unicamp.

Citas

BARROS, Manoel. Retrato do artista quando coisa. Livro sobre Nada. São Paulo: Ed. Record. 2001.

CARVALHO, Alexandre Filordi. Foucault e a função-educador. 2ª ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2014.

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

DELEUZE, G. Diferença e Repetição. 1a. ed. Tradução Luiz Orlandi, Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

DELEUZE, G. Lógica do Sentido. 2a. ed. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 1974.

DELEUZE, Gilles. Platão e o Simulacro. In: ______. Lógica do Sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo, Ed. Perspectivas, 1974. 2°Edição.

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos.2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

Deleuze, G., Parnet, C. Abecedário de Gilles Deleuze. Éditions Montparnasse, Paris. Filmado em 1988-1989. Publicado em: 1995. Transcrição integral do vídeo, para fins exclusivamente didáticos

disponível em http://www.bibliotecanomade.com/2008/03/arquivo-para-download-o-abecedrio-de.html / Acesso em: 23 mar 2021

DELEUZE, Gilles. O Abecedário de Gilles Deleuze”, 1996.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 5. Tradução de Aurélio Guerra e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O que é a filosofia? Tradução de Bento Júnior e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.

DRUCK, Suely. Quando a matemática deixou de ser o “bicho papão”. Publicado por Denise Wasserman em 24 de junho de 2019 | categoria destaques. Disponível em: https://www.nosso.jor.br/quando-a-matematica-deixou-de-ser-o-bicho-papao/ Acesso em: 23 mar 2021

DRUCK, Suely. Desempenho da pesquisa em matemática não se reflete no ensino da disciplina, sobretudo nas escolas públicas. Entrevista ao Jornal da Universidade Estadual de Campinas – 14 a 27 de fevereiro de 2005

FERREIRA, Mariana K.L. Quando 1 + 1 é diferente de 2: Práticas Matemáticas no Parque Indígena do Xingu. In Cadernos de Campo. No 3. 1993. Disponível em: https://amerindias.github.io/referencias/fer93matematicaxingu.pdf Acesso em: 23 mar 2021

GALLO, Silvio. Deleuze & Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2013

GALLO, Silvio. As múltiplas dimensões do aprender... In: Congresso de Educação Básica - COEB: aprendizagem e currículo. Anais do... Florianópolis: COEB, 2012. Disponível em: <http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/13_02_2012_10.54.50.a0ac3b8a140676ef8ae0dbf32e662762.pdf>. Acesso em: 23 mar 2021

GALLO, Silvio. Filosofia da diferença e educação: o revezamento entre teoria e prática. In: ClARETO, Sônia Maria; FERRARI, Anderson (Orgs.). Foucault, Deleuze e Educação. Juiz de Fora: UFJF, 2010. p. 45-63.

GALLO, Silvio. Em torno de uma Educação Menor. Educação & Realidade, v. 27, n, 2, p. 169-178, jul./dez. 2002 Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25926/15194 Acesso em 23 mar 2021

GALLO, Silvio. Conhecimento, Transversalidade e currículo. In https://www.academia.edu/518339/Conhecimento_transversalidade_e_curr%C3%ADculo s/d. Acesso em: 23 mar 2021

GALLO, Silvio. Em torno de uma Educação Menor. In Educação e Realidade. 27(2) jul/dez 2002. p. 169-178.

LAPOUJADE, D. Deleuze, os movimentos aberrantes. Tradução: Laymet Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 edições, 2015.

MONTEIRO Alexandrina; MENDES, Jackeline Rodrigues. Salas de aula como espaços de composições da diferença na formação docente. RECC, Canoas, v. 23, n. 1, p. 13-25, mar. 2018 Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Educacao/article/view/4231 / Acesso em: 23 mar 2021

SERRES, Michel. O nascimento da física no texto de Lucrécio: Correntes e turbulências. Tradução Péricles Trevisan. São Paulo: Ed. UNESP. São Carlos: EdUFSCAR, 2003.

Publicado

2021-10-20

Cómo citar

Gallo, S., & Monteiro, A. (2021). O QUE SE PODE APRENDER NUMA AULA DE MATEMÁTICA?. APRENDER - Caderno De Filosofia E Psicologia Da Educação, (25), 94-108. https://doi.org/10.22481/aprender.i25.8385