CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS NIETZSCHIANOS PARA A AUTOFORMAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/aprender.i27.10634

Palavras-chave:

Autoformação, Exercícios Espirituais, Nietzsche, Filosofia Antiga

Resumo

Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) foi um filósofo que se ocupou com o tema da autoformação, isto é, da produção da própria existência por meio de certa relação de si para consigo. Tema que aparece atrelado à filosofia, essa entendida como um modo de vida. Considerando isso, buscaremos, em um primeiro momento, caracterizar essa concepção de filosofia. Para isso, devemos definir a noção de exercícios espirituais que é central naquela concepção. Faremos isso com base no quadro teórico elaborado por Pierre Hadot (1922 – 2010) em O que é a filosofia antiga?. Em um segundo momento, faremos alguns apontamentos sobre o modo de vida filosófico nietzschiano e, portanto, sobre alguns possíveis exercícios espirituais que comporiam esse modo de vida. Faremos isso principalmente com base no segundo capítulo de Ecce Homo, intitulado Por que sou tão inteligente. Em um último momento, concluiremos com o entendimento de que os exercícios espirituais nietzschianos poderiam talvez inspirar novas práticas pedagógicas ou pelo menos inspirar cada um a formar a si mesmo em vista de uma vida mais autêntica, saudável, independente e feliz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Junior Batista Lauxen, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Licenciado em Filosofia pela UNINTER. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE-UFSC).

Referências

ARALDI, Clademir Luís. Nietzsche, Foucault e a arte de viver. Pelotas: NEPFIL Online, 2020;

CORBANEZI, Eder. Probidade (Redlichkeit). In: Dicionário Nietzsche. Scarlett Marton (Ed.). São Paulo: Loyola, p. 343 – 344, 2016;

COSTA, Gustavo Bezerra do Nascimento. A criação de si entre a parrêsía e a hipocrisia: etopoiêtica do cuidado de si. In: Kriterion, Belo Horizonte, nº 137, p. 351-371, ago., 2017;

FREZATTI, W. A. Jr. A fisiologia de Nietzsche: a superação da dualidade Cultura/Biologia. Ijuí: Unijuí, 2006;

HADOT, Pierre. A filosofia como maneira de viver. Entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. Trad.: Lara C. Malimpensa. São Paulo: É Realizações, 2016;

_____________. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad.: Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. São Paulo: É Realizações, 2014a;

_____________. O que é a filosofia antiga? Trad.: Dion Davi Macedo. São Paulo: Loyola, 2014b;

NASCIMENTO, Aline Ribeiro; RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Filosofia e experimentação: exercícios espirituais em Nietzsche e Foucault. In: Fermentario, v. 2, n. 8, p. 1 – 13, 2014;

NIETZSCHE. F. Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais. Trad.: Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2016;

_____________. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Trad.: Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2018;

_____________. Ecce homo: de como a gente se torna o que a gente é. Trad.: Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008;

_____________. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres (v. I). Trad.: Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005;

_____________. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres (v. II). Trad.: Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2017;

_____________. O Anticristo. Lisboa: Edições 70, 2002;

_____________. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe (KSA) – 15 vols. Editado por G. Colli e Mazzino Montinari. Berlim: de Gruyter, 1988;

OLIVEIRA, J. R. Nietzsche e a doutrina das coisas mais próximas. In: Filosofia Unisinos. 10(2), mai/ago, p. 174 – 187, 2009;

PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. do grego por Jaime Bruna. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987;

PONTE, Carlos Roger Sales da. Por uma dietética da solidão. In: Estudos Nietzsche, Espírito Santo, v. 11, n. 2, p. 163 – 181, jul./dez., 2020;

SALANSKIS, Emmanuel. Forte (Stark). In: Dicionário Nietzsche. Scarlett Marton (Ed.). São Paulo: Loyola, p. 240 – 242, 2016;

VIESENTEINER, J. L. O problema da intencionalidade na fórmula “como alguém se torna o que se é” de Nietzsche. In: Dissertatio, [31], p. 97 – 117, 2010.

Downloads

Publicado

2022-06-30

Como Citar

Batista Lauxen, P. J. (2022). CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS NIETZSCHIANOS PARA A AUTOFORMAÇÃO. APRENDER - Caderno De Filosofia E Psicologia Da Educação, (27), 131-149. https://doi.org/10.22481/aprender.i27.10634