LIMA BARRETO, UMA MODERNIDADE NEGRA

ESBOÇO DE ROTEIRO EPISTEMOLÓGICO PARA UMA CRÍTICA PERIFÉRICA NA LITERATURA BRASILEIRA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v14i2.12261

Palavras-chave:

Campo literário; Descontinuidade; Literatura periférica; Epistemologia negra.

Resumo

Este texto investe em uma discussão sobre o campo da literatura brasileira, chamando atenção para sua formação tradicional, e o modo come ele é organizado, a partir da concepção evolucionista que norteia seu funcionamento.  Esse modos operandi do campus sofre duas rasuras que prometem abalar seu funcionamento: a ideia de descontinuidade, defendida pela linha vanguardista da literatura brasileira e a literatura periférica. Nosso intuito é mostrar como a forma que essas duas fissuras foram incorporadas pela tradição literária nacional, acabou minando seu potencial transformador do campo, inviabilizando a democratização de suas formas de valoração, fazendo com que as rasuras não chegassem a operar mudanças significativas no campo da literatura no Brasil. A mitigação dessa engrenagem de fabricação do mesmo, que domina o campo nacional em nossas letras, é apontada brevemente nesse trabalho como força da literatura negro-brasileira e o repertório afrodiaspórico que o constitui, sobretudo a partir das noções de oralidade.

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Biografia do Autor

Jorge Augusto Silva, IFMA

Docente no Instituto Federal Baiano e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, integra a coordenação dos grupos de pesquisa Rasuras/UFBA e PERIFA/IF Baiano. Edita a revista de literatura brasileira contemporânea: Organismo.

 

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Publicado

2023-05-05

Como Citar

Silva, J. A. (2023). LIMA BARRETO, UMA MODERNIDADE NEGRA: ESBOÇO DE ROTEIRO EPISTEMOLÓGICO PARA UMA CRÍTICA PERIFÉRICA NA LITERATURA BRASILEIRA. fólio - Revista De Letras, 14(2). https://doi.org/10.22481/folio.v14i2.12261

Edição

Seção

VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados