VIOLÊNCIA E HOMOSSEXUALIDADE NA AUTOFICÇÃO CONTEMPORÂNEA: A RECEPÇÃO DO CASO EDOUARD LOUIS
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v9i1.3250Resumo
Propõe-se pensar a autoficção a partir da recepção de Histoire de la violence, romance em que o escritor Edouard Louis relata um estupro sofrido por ele. Após a publicação, o autor foi processado por atentado à vida privada pelo próprio estuprador. Ao expor seu trauma de forma literária, mas mantendo-se fiel à história (incluindo os nomes reais), Louis não só causou a fúria de uma pessoa real, algo típico da autoficção na França, como trouxe à tona a violência silenciosa sofrida por homossexuais, inclusive quando decidem denunciá-la. E o fez em um livro carregado de análise sociológica, como já fizera em En finir avec Eddy Bellegueulle. Ambos nada lembram certa queer literature de cunho “maldito”, de Genet a Dustan. Em Louis, a provocação não está no estilo, mas na suposta veracidade do relato. A partir da recepção, sobretudo na imprensa, tenta-se delinear a maneira como a violência contra o homossexual (estética e eticamente) é recebida quando denunciada sob a égide da autoficção.
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Publicado
2018-03-27
Como Citar
Vieira, W. (2018). VIOLÊNCIA E HOMOSSEXUALIDADE NA AUTOFICÇÃO CONTEMPORÂNEA: A RECEPÇÃO DO CASO EDOUARD LOUIS. fólio - Revista De Letras, 9(1). https://doi.org/10.22481/folio.v9i1.3250
Edição
Seção
VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados
Licença
Copyright (c) 2018 fólio - Revista de Letras
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