OS DESNUDES MEMORIALÍSTICOS DOS HOMO-BIOS DE SILVIANO SANTIAGO E DE VIRGINIA WOOLF
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7397Palavras-chave:
Crítica biográfica fronteiriça, Silviano Santiago, Virginia Woolf, Homo-biografias, DesnudarResumo
Este trabalho tem por objetivo realizar uma leitura comparatista, biográfica e fronteiriça entre as obras Mil rosas roubadas (2014) do escritor brasileiro Silviano Santiago e Orlando: uma biografia (2017) da inglesa Virginia Woolf. Para isso, utilizaremos uma metodologia de caráter bibliográfico pautada na epistemologia crítica biográfica fronteiriça com o intuito de discutirmos as semelhanças e as diferenças homo-biográficas entre os autores e os livros citados ao passo que, simultaneamente, promoveremos desnudes de suas personae literárias, metafóricas e empíricas atravessadas pelos espaços (auto)biográficos que lhes cornecem. Dentre os conceitos utilizados para o ensejo mencionado, valeremo-nos da memória, aliados hospitaleiros, exterioridade, homo-biografia e amizade corroborados, dentre outros, pelos intelectuais Leonor Arfuch, Eneida Maria de Souza, Juliano Garcia Pessanha, Walter Mignolo, Jacques Derrida e Francisco Ortega. Portanto, respaldados pelo exposto, buscaremos delinear grafias comparatistas entre Silviano e Virginia no que concerne as suas existências outras enquanto escritores homossexuais que escre(vi)vem, ou escre(vi)veram, assentandos em modus operandi e vivendi passíveis de os aproximarem não só no plano de suas semelhanças homo-biográficas e literárias, mas, sobremaneira, das diferenças que os separam aproximando-os.
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Referências
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