AS METAMORFOSES DE JOYCE: O LABIRINTO NA OBRA UM RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7701Palabras clave:
James Joyce, Labirinto, Modernismo, OvídioResumen
A obra Um retrato do artista quando jovem, escrita por James Joyce e publicada em 1916, é um dos marcos da prosa em língua inglesa do século XX, principalmente no campo do Bildungsroman. Acompanhando o desenvolvimento intelectual de seu protagonista, Stephen Dedalus – alter-ego de Joyce -, a narrativa se inicia com o personagem ainda criança, e termina quando Stephen alcança o início de sua maturidade, ou seja, quando descobre sua vocação de artista, ou, mais especificamente, de poeta. O presente trabalho, portanto, buscou analisar um dos símbolos identificados no romance, o do labirinto do inventor Dédalo, e como a referida figura mítica acaba por influenciar a própria estrutura da narrativa. Inicia-se com uma breve história da obra, para depois identificar a influência do poeta latino Ovídio – que cantou o mito ora em discussão na sua epopeia Metamorfoses – sobre escritores modernistas de expressão inglesa, limitando-se a abordar, além de Joyce, os poetas T.S. Eliot e Ezra Pound, como forma de contextualizar o uso do poema clássico no início do século XX. Por fim, analisa-se em que medida o símbolo do labirinto pode ser vislumbrado no romance, fazendo-se o uso, para tanto, de aparato crítico, como os estudos de Ellmann (1989), March (2015), Paris (1992), Parrinder (1984), Levin (1959), entre outros.
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