O MARLOWE DE FAUSTO
TRAMAS E PACTOS NA CRIAÇÃO LITERÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v13i2.9406Palabras clave:
Pacto, Renascentismo, Faustbuch, Mefistófeles, Criação Literária, Crítica Genética, WillemartResumen
Apesar da inexistência de manuscritos da obra A Trágica História do Doutor Fausto sabemos que a mesma foi inspirada no livro publicado pelo protestante Johann Spies, na Alemanha, em 1587, o Faustbuch. Ao contrário do texto no qual foi inspirado elucidamos que Christopher Marlowe não escreveu sua obra com a intenção da mesma servir como lição de moral em prol de um deus e com o fito de ser usado por religiosos, mas, para retratar um personagem que exerceu seu livre arbítrio movido por profunda vaidade científica: todos os prazeres que teve foram oriundos do poder conquistado através do conhecimento que lhe foi dado depois de seu pacto com Mefistófeles. Este artigo se propõe a analisar a relação de seu autor, Christopher Marlowe, com o personagem principal da trama, Fausto; para tanto iremos nos socorrer na Crítica Genética, especialmente, nos conceitos trazidos por Phillippe Willemart em relação dialógica com textos de outros grandes nomes da Literatura, Linguística e História Cultural.
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