LIVRO SOBRE NADA: PRETEXTO PARA INOPEROSIDADE NO TEMPO-ESPAÇO
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7407Palavras-chave:
Inoperosidade, Manoel de Barros, Silêncio, Tempo-epaçoResumo
Este artigo analisa o projeto literário de Manoel de Barros em Livro sobre nada (1996), obra cuja nota introdutória, em prosa poética, denominada Pretexto, propõe-se a atingir significações silenciadas e, simultaneamente, ampliadas, posto que, via silêncio, os significados se desalojam de convenções e adquirem sentidos em plena incompletude, por isso, adotamos como metodologia a análise da nota introdutória da obra, em que o artifício adotado pelo poeta para “atingir o nada mesmo”, ampara-se no conceito de inoperosidade, proposto por AGAMBEN (2018), de acordo com o qual a potência-de-não é a amplitude contemplativa e, simultaneamente, uma reação à obrigatoriedade de dizer. Livro sobre nada coloca em suspensão a função comunicativa da linguagem verbal e edifica a crise da palavra, por isso, age de forma a transformar, substancialmente, a realidade via discurso poético, pois sua ação é a busca por aquilo que está por vir na obra, por uma matéria que se anuncia, mas não se consolida, a exemplo do que propõe BLANCHOT (2005), de que resulta um inacabamento que cala aquilo mesmo que se profere por meio de imagens que atravessam o sujeito lírico sob forma de resquícios espácio-temporais.
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Referências
Valdegilson da Silva Costa é mestrando em Literatura e Crítica literária pela PUC-SP. Possui Pós- graduação em Literartura pela mesma Instituição, graduação em Letras e Pedagogia. Link para currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0468393222794087; ORCID: 0000-0002-55849197. Este artigo é produzido produzido em coautoria com a orientadora, Professora Pós-doutora Vera Bastazin (Departamento de Litertura e Crítica literária na PUC-SP)
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