O ensino de língua portuguesa e os universais musicais: uma amostragem de prática interpretativa
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v3i1.13274Palavras-chave:
Universais Musicais, Interpretação Textual, Mente IncorporadaResumo
Esse trabalho é parte de um projeto de pesquisa desenvolvido em doutoramento em Língua Portuguesa e
Línguística do Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas, que visa compreender e discutir a utilização dos universais musicais – ritmo e melodia – como ferramentas no ato interpretativo de um texto, potencializando a compreensão do mesmo. A interpretação textual é uma prática de linguagem. O trabalho de compreender um texto ultrapassa o domínio do sujeito comunicante e do sujeito interpretante. Patrick Chauredau (2008) afirma que a encenação discursiva é condição primordial para comunicação. Segundo Chauredeau (2008) o ato de linguagem é composto de vários sujeitos – Euc - EUe/ Tui -TUd – e que comunicar é proceder a uma encenação. Para este trabalho pretende-se limitar a pesquisa a dois desses sujeitos comunicantes, respectivamente: TUi-TUd, encenados pelo sujeito interpretante no ato comunicativo. Pretende-se apresentar uma parte dessa pesquisa que tem por eixo as abordagens experencialista e corporificada, afirmando que a construção de sentido depende da interação de três
dimensões: cérebro, corpo em ação e interação organismo-ambiente. Tem-se a hipótese de que ao utilizar dos universais musicais no ato da interpretação TUi-TUd constroem-se esquemas imagéticos, por meio dos quais TUi-TUd experencia o mundo. Para tanto, baseia-se na Teoria da Integração Experencial (AUCHLIN, 2003) em que se integram dois espaços de entrada: o experencial sensório-motor e a elaboração linguística e o Modelo Semiótico de Brandt (2005), em que o espaço-base é discursivo, pois é construído a partir do “ato de dizer e aquilo que é dito”. Tentar-se-á integrar ambos os modelos para apresentar um modelo próprio de análise e confirmar a hipótese que rege esse trabalho.
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