Processo de subjetivação do professor de língua portuguesa: uma leitura discursiva
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v3i1.13283Palavras-chave:
Subjetivação, Experiência de si, Discurso, PoderResumo
Assevera o filósofo francês que os mecanismos por meio dos quais os sujeitos constroem sua história vão ser denominados de modos de subjetivação (FOUCAULT, 1984). Um dos seus sentidos diz respeito à forma como o sujeito estabelece relação consigo mesmo. No discurso pedagógico, há todo um léxico que converge para essas formas de relação consigo mesmo. Assim, conhecer-se, estimar-se, controlar-se, disciplinar-se são ações reflexivas que vão construindo tais formas de relação (LARROSA, 1994). Por conseguinte, autoconhecimento, autoestima, autonomia, disciplina são termos que compõem e refletem esse discurso de si, conforme argumenta Larrosa (1994). Esse sujeito que se volta para si não pode ser pensado a-historicamente, dissociados dos discursos e das relações de poder. As relações de poder estabelecem os modos pelos quais os professores se veem, enxergam o aluno e compreendem a sua práxis pedagógica. Nesse contexto, em que medida o professor de Língua Portuguesa, a partir da experiência de si, se subjetiva, revela identidades nas tessituras de suas narrativas? Ao tecer a trama das suas experiências profissionais, como o discurso pedagógico o atravessa? Para responder a essas questões, é preciso buscar, no fio discursivo e no interdiscurso, os dizeres que ancoram a subjetivação do professor a partir do lugar sócio-histórico e ideológico em que se encontra. Nesse sentido, neste artigo, objetivamos compreender como se dá esse processo no professor de Língua Portuguesa, tendo como base as suas experiências narrativizadas na seção Retratos da revista Conhecimento Prático: Língua Portuguesa. Adotaremos, como metodologia, a utilização de sequências discursivas (SD), retiradas de seis relatos dos sujeitos professores. Ancoramos nossa reflexão no mirante da Análise do Discurso francesa (ADF) de Michel Pêcheux e, sobretudo, das contribuições Michel Foucault para esse campo
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Referências
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