Da expansão tecnológica do capital no campo à permanência e resistência camponesa pela via da educação
DOI:
https://doi.org/10.22481/rbba.v6i1.1510Palavras-chave:
Capital, Agronegócio, Tecnologia, Agricultura Familiar/Agricultura Camponesa, Educação do CampoResumo
O avanço do capital no campo brasileiro, fundamentado no discurso do desenvolvimento e da difusão de tecnologias voltadas ao aumento da produção e da produtividade, além de se estabelecer na forma própria do agronegócio, busca se expandir e se apropriar da produção camponesa. Para tanto, difunde o uso de tecnologias para tais unidades e a ilusão do desenvolvimento que, na prática, se efetiva na perda de sua relativa autonomia frente aos ditames do mercado. Por outro lado, partindo do entendimento das contradições nas quais o capital se reproduz, compreende-se que o campesinato se reafirma enquanto modo de vida – pela preservação de seus valores, quanto enquanto classe social, pelo papel político de enfrentamento à subordinação imposta pelo capital. Nessa luta pela reprodução camponesa, a educação do campo emerge como fundamental a fim de fomentar um projeto efetivamente voltado aos interesses daqueles sujeitos que vivem e se reproduzem por meio do trabalho na terra.