[E] QUANDO A UNIVERSIDADE É O CAMPO [?]:NOTAS DE PESQUISA SOBRE INGRESSO E PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.22481/rbba.v7i1.4074Palavras-chave:
Universidade. UFBA. Estudantes Indígenas. Ações Afirmativas. AutoantropologiaResumo
A nova diversidade étnico-racial que passou a caracterizar, desde 2005, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) através do seu Programa de Ações Afirmativas e o ingresso de estudantes indígenas e quilombolas, levou-me a observar o espaço universitário para a compreensão de como esses novos sujeitos se apropriam desse espaço e protagonizam essa nova realidade. Desse modo, na pesquisa realizada envidei esforços para reconstituir a história da presença dos estudantes indígenas nesses dez anos de ações afirmativas da UFBA, a partir do levantamento de dados etnográficos produzidos na interação com os estudantes. No presente artigo apresento e problematizo algumas das questões que suscitei ao realizar o trabalho de campo, tomando como locus de investigação a universidade, o protagonismo dos universitários indígenas cotistas e a interação que desenvolvemos em campo.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, Marcos Alexandre S. O regime imagético Pankararu (tradução intercultural na cidade de São Paulo) [tese]. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Florianópolis, 2011.
BRASIL. Lei nº 12.711 / 2012.
FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. In: SOUZA, Jessé (org.). Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: Editora da UnB, 2001, pp.246-282.
______. Reconhecimento sem Ética? Lua Nova, São Paulo, 70, 2007, pp.101-138.
______. Reenquadrando a justiça em um mundo globalizado. Lua Nova, São Paulo, 77, 2009, pp.11-39.
FREITAS, Ana Elisa de Castro. Apresentação. Um panorama da institucionalização do Grupos PET-Indígenas nas universidades e institutos federais por meio do Programa de Educação Tutorial / Conexões de Saberes do Ministério da Educação do Brasil. In:
FREITAS, A. E. C. (org.). Intelectuais indígenas e a construção da universidade pluriétnica no Brasil: povos indígenas e os novos contornos do programa de educação tutorial/Conexões de saberes. Rio de Janeiro: E-papers, 2015, pp.9-18.
GALEANO, Eduardo. Entrevista a Caros Amigos. Revista Caros Amigos. São Paulo. 14 de abril de 2015.HONNETH, Axel. A luta por reconhecimento. A gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.
MARCUS, George. Multi-Situated Ethnography‖. In: MARCUS, George. Ethnography through Thick & Thin, Princeton: Princeton University Press, 1998.
PALADINO, Mariana. Estudar e experimentar na cidade: Trajetórias sociais, escolarização e experiência urbana entre “Jovens” indígenas ticuna, Amazonas. (Tese). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2006.
RICOEUR, Paul. Quem é o sujeito do direito? In: O Justo 1. A justiça como regra moral e como instituição. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
SAMPAIO, O. R. A. A Universidade como área de influência: o olhar de um Guarani sobre sua trajetória acadêmica. In: NOVAK, S.J. et al. Educação Superior Indígena no Paraná. Maringá: EDUEM, 2010.
SANTOS, Jocélio Teles dos Santos. Introdução. In: SANTOS, J. T. (org). Cotas nas universidades: análise dos processos de decisão. Salvador: CEAO, 2012, pp.9-15.
STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
TAYLOR, Charles. A política de reconhecimento. In: Multiculturalismo. Examinando a política de reconhecimento. Lisboa: Instituto Piaget,1994.