POÉTICA DO BANAL E SUA CONTRIBUIÇÃO AOS PROCESSOS E PRÁTICAS ARTÍSTICOS DOCENTES
DOI:
https://doi.org/10.22481/aprender.i25.8265Palabras clave:
Arte Contemporânea, Educação, Filosofias da Diferença, Práticas Docentes, Poética do BanalResumen
Este artigo tem como intenção tratar e pensar a contribuição dos processos artísticos às práticas docentes. Nas fronteiras borradas da arte contemporânea, filosofia e educação, delineia-se num plano de consistência que tensiona novas formas de fazer professoral. Recorrerá aos processos artísticos do pesquisador (poética do banal) para pensar meios, trajetos e forças que façam vetor às práxis pedagógicas. Busca nas filosofias da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari um pensamento que prolifere como erva daninha e encontros que deem potência de agir. Tensionando os vazamentos de práticas educacionais baseadas em modelos estruturados, põe em movimento uma artistagem docente e uma formação sensível que buscam, na prática do artista-pesquisador e os artistas referentes Allan Kaprow, Paulo Bruscky e Karina Dias, forças para desenhar novas formas. Justifica-se por priorizar uma heterogenia dos elementos e matérias que rompem com os modelos hegemônicos e os assujeitamentos dos modelos de professorado para compor o território de pesquisa. Oferece à educação um pensamento calcado na prática de um processo artístico, fazendo e traçando um plano de consistência, desterritorializando as formas definitivas de bom professorado.
Descargas
Citas
ANJOS, Moacir. O Ateliê como Arquivo. In: BIENAL DE SÃO PAULO, 26ª, 2004.
ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo; tradução Teixeira Coelho. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BARROS, Laura Pozzana de; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana (orgs.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015, p. 52-75.
BRITTO, Ludmila da Silva Ribeiro de. O Ateliê / Arquivo de Paulo Bruscky: Um acervo vasto de quase tudo. Revista Ohun, v. 5, p. 14-23, 2011.
CORAZZA, Sandra Mara. Notas para pensar as Oficians de Transcriação (OsT). In HEUSER, Ester Maria Dreher (Org.). Caderno de notas I: projeto, notas & ressonâncias. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
CORAZZA, Sandra Mara. Para artistar a educação: sem ensaio não há inspiração. In: CORAZZA, Sandra Mara. O que se transcrita em educação? Porto Alegre: UFRGS; Doisa, 2013. Cap.1, p.17-40.
DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.
DELEUZE, Gilles. O que as crianças dizem. In: Crítica e clínica. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 2011. Cap. 9, p. 83-90.
DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos: texto e entrevista (1975-1995). Tradução: Guilherme Ivo. São Paulo: Editora 34, 2016.
DELEUZE, Gilles. O que é o ato de criação?. In: DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos: texto e entrevista (1975-1995). Tradução: Guilherme Ivo. São Paulo: Editora 34, 2016. Cap.45, p. 332-343.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia?. Tradução: Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia 2. vol. 1. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 2011a.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia 2. vol. 2. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo: Editora 34, 2011b.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia 2. vol. 3. Tradução de Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 2012a.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia 2. vol. 4. Tradução de Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 2012b.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia 2. vol. 5. Tradução de Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa. São Paulo: Editora 34, 2012c.
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. O abecedário de Gilles Deleuze: transcrição integral do vídeo, para fins exclusivamente didáticos. Paris: Éditions Montparnasse, 1988.
DIAS, Karina e Silva. A prática do banal, uma aspiração paisagística. In: 20 ANPAP - Subjetividade, Utopias e Fabulações, 2011, Rio de Janeiro. Anais do Encontro Nacional da ANPAP. Rio de Janeiro: UERJ, 2011. p. 3771-3783.
GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo: Editora 34, 2012.
LOPONTE, Luciana Gruppelli. Tudo isso que chamamos de formação estética: ressonâncias para a docência. Revista Brasileira de Educação. 2017, v. 22, n. 22, pp. 429-452.
KAPROW, Allan. A educação do an-artista parte I. Concinnitas – Revista do Instituto de Artes da UERJ, Rio de Janeiro, ano 4, n. 4, p. 216-227, mar. 2003.
KAPROW, Allan. A educação do an-artista. Parte II. Concinnitas - Revista do Instituto de Artes da UERJ. Rio de Janeiro, ano 5, n. 6, p. 167-181, julho 2004.
KAPROW, Allan. Como fazer um happening. 1966. (Tradução em português, editada para SEVERO, André), In: SEVERO, André; BERNARDES, Maria Helena (cur.), Horizonte Expandido, Santander Cultural, Porto Alegre, 2010.
KASTRUP, Virgínia; PASSOS, Eduardo. Cartografar é traçar um plano comum. Fractal, Rev. Psicol. 2013, vol. 25, n. 2, p. 263-280.
KASTRUP, Virgínia. O Funcionamento da Atenção no trabalho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana (orgs.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015, p. 32-51.
MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
RAZÃO INADEQUADA. Deleuze – Do caos ao cais. Razão Inadequada, 2017. Disponível em: < https://razaoinadequada.com/2017/12/27/deleuze-do-caos-ao-cais/>. Acesso em: 11 OUT. 2020.
ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2016.
ZOURABICHVILI, François. O Vocabulário de Deleuze; tradução André Telles. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Sinergia: Ediouro, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.