Queerificando a natureza: entre Frankenstein e Frankissstein

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v15i1.11733

Palavras-chave:

Natureza, Ecologia Queer, Modernidade, Crise Climática, Sensibilidade Ecológica

Resumo

O presente artigo é um exercício de pensamento que busca no romance Frankenstein, de Mary Shelley, as bases de uma sensibilidade ecológica que desestabiliza o conceito de natureza. Tal desestabilização será lida/interpretada ao lado de discussões sobre ecologia queer que colocam em xeque o caráter normativo da dita natureza. Em Frankisstein, interpretação contemporânea do romance de Mary Shelley, a escritora Jeanette Winterson retoma questões primordiais do romance oitocentista e evidencia os binarismos que informam o pensamento científico ocidental, principalmente, no que tange à aparente oposição natural/anti-natural. Os abandonos dos romances aqui serão lidos a partir de abalos climáticos e de teorias que desestabilizam as linhas invisíveis que demarcam os limites entre humanos e não-humanos, entendendo que tais demarcações se pautam em posições de poder.

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Biografia do Autor

Tatiana de Freitas Massuno, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professora Adjunta do Departamento de Letras e Comunicação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Doutora em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: tatiana.massuno@gmail.com.

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Publicado

2024-07-31

Como Citar

Massuno, T. de F. (2024). Queerificando a natureza: entre Frankenstein e Frankissstein. fólio - Revista De Letras, 15(1), 7-22. https://doi.org/10.22481/folio.v15i1.11733

Edição

Seção

VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados