Queerificando a natureza: entre Frankenstein e Frankissstein

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v15i1.11733

Palabras clave:

Natureza, Ecologia Queer, Modernidade, Crise Climática, Sensibilidade Ecológica

Resumen

O presente artigo é um exercício de pensamento que busca no romance Frankenstein, de Mary Shelley, as bases de uma sensibilidade ecológica que desestabiliza o conceito de natureza. Tal desestabilização será lida/interpretada ao lado de discussões sobre ecologia queer que colocam em xeque o caráter normativo da dita natureza. Em Frankisstein, interpretação contemporânea do romance de Mary Shelley, a escritora Jeanette Winterson retoma questões primordiais do romance oitocentista e evidencia os binarismos que informam o pensamento científico ocidental, principalmente, no que tange à aparente oposição natural/anti-natural. Os abandonos dos romances aqui serão lidos a partir de abalos climáticos e de teorias que desestabilizam as linhas invisíveis que demarcam os limites entre humanos e não-humanos, entendendo que tais demarcações se pautam em posições de poder.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tatiana de Freitas Massuno, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professora Adjunta do Departamento de Letras e Comunicação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Doutora em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: tatiana.massuno@gmail.com.

Citas

BLOOM, Harold (ed.). Bloom’s Modern Critical Interpretations: Frankenstein. New York: Chelsea House, 2007.

FRIEDMAN, Lester & KAVEY, Allison. Monstrous Progeny: A History of the Frankenstein Narratives. New Jersey: Rutgers University Press, 2016.

GAARD, Greta. Rumo ao Ecofeminismo queer. In: Estudos Feministas, Florianópolis, 19(1): 312, janeiro-abril/2011.

GHOSH, Amitav. The Great Derangement: climate change and the unthinkable. Chicago: The University of Chicago Press, 2016.

MORTON, Timothy. Being Ecological. Cambridge: The MIT Press, 2018.

_____. Hyperobjects: Philosophy and Ecology after the end of the world. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2013.

_____. Queer Ecology. The Modern Language Association of America (PMLA), 2010.

_____. Frankenstein and Ecocriticism. In: Cambridge Companion to Frankenstein. Cambridge: Cambridge University Press, 2016.

MONTIMER-SANDILANDS, Catriona. Paixões desnaturadas: notas para uma ecologia queer. In: Estudos Feministas, Florianópolis, 19(1): 312, janeiro-abril/2011.

MONTIMER-SANDILANDS, Catriona; ERICKSON, Bruce. Queer Ecologies: sex, nature, politics and desire. Indiana University Press. 2010.

TROPP, Martin. “The Monster”. In: BLOOM, Harold (ed.). Bloom’s Modern Critical Interpretations: Frankenstein. New York: Chelsea House, 2007.

SHELLEY, Mary. Frankenstein or The Modern Prometeus. Project Gutenberg. March 13, 2013.

STEIN, Rachel. The Place, Promised, That Has Not Yet Been”: The Nature of Dislocation and Desire in Adrienne Rich’s Your Native Land/Your Life and Minnie Bruce Pratt’s Crime against Nature. In: MONTIMER-SANDILANDS, Catriona; ERICKSON, Bruce. Queer Ecologies: sex, nature, politics and desire. Indiana University Press. 2010.

WINTERSON, Jeanetter. Frankisstein: a love story. New York: Grove Atlantic, 2019.

Publicado

2024-07-31

Cómo citar

Massuno, T. de F. (2024). Queerificando a natureza: entre Frankenstein e Frankissstein. fólio - Revista De Letras, 15(1), 7-22. https://doi.org/10.22481/folio.v15i1.11733

Número

Sección

VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados