AFROFUTURISM AND BLACK UTOPIA IN BRAZILIAN (POST)MODERNITY
ALINE FRANÇA, ANA PAULA MAIA, AND ELISA LUCINDA
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v14i2.12260Palavras-chave:
Afrofuturismo; Aline França; Ana Paula Maia; Elisa LucindaResumo
As realidades desencantadoras da vida negra no Brasil muitas vezes obrigam escritores como Aline França, Ana Paula Maia e Elisa Lucinda, entre outros, a optar pelo realismo mágico radical como estratégia de enfrentamento. Ancorado no poder criativo da criação de mitos culturais inovadores, cada escritor cria protagonistas que são em parte humanos, em parte bestiais e em parte divinos para evocar suas qualidades anti-heroicas como características essenciais para sua transcendência. Além disso, os protagonistas heroicos desses escritores são dotados de poderes sobrenaturais que dão credibilidade à sua proveniência ritual do labirinto do mito e da história para ensinar a moral eterna. Através das lentes convincentes desses trechos superficiais de realidades existenciais, argumento que as três escritoras afro-brasileiras analisadas neste trabalho têm um acorde comum com absurdos estranhos da condição humana, enquanto suas obras buscam transcender esse estranhamento da condição alienadora através do escapismo criativo.
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