SER MULHER: LIBERAÇÃO FEMININA NA POESIA DE GILKA MACHADO

Autores

  • Júlio Cesar Tavares Dias Universidade Federal de Huiz de Fora (UFJF)

Resumo

Gilka Machado, outrora intitulada "a maior poetisa do Brasil" num  concurso literário (1933), foi duramente afligida pela crítica desde sua  estreia (foi considerada, inclusive como uma "matrona imoral") até que esta  chegou, de certa forma, a sufocá-la. Revisitar seus versos mostra um  arrebatamento lírico notável no período de "meia-decadência" do Simbolismo.  Fez ela parte da última corrente do Simbolismo, o Neo-Parnasianismo, ao lado  de nomes como Hermes Fontes, Francisca Júlia e o grande Augusto dos Anjos.  Propõe-se ler os poemas de Gilka Machado, notável pela sua liberdade de  dizer das coisas mais íntimas, dentro de uma discussão ampla sobre os pontos  em que se tocam Erotismo e Literatura e sobre o conceito de Feminidade e a busca de sua liberação. A presente comunicação objetiva demonstrar como a visão de feminilidade relaciona-se com o erotismo na poesia gilkiana, estando nela sempre presente a consciência das situações de gênero da mulher. Sua sinceridade rude é marca da liberação do desejo feminino. O trabalho contribui para maior compreensão da fase de decadência do simbolismo brasileiro como também das representações do feminino e erótico na literatura feminina brasileira.

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Biografia do Autor

Júlio Cesar Tavares Dias, Universidade Federal de Huiz de Fora (UFJF)

Mestre em Ciências da Religião pela UNICAMP. Doutorando em Ciência da Religião pela UFJF. Bolsista CNPQ.

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Publicado

2018-02-09

Como Citar

Dias, J. C. T. (2018). SER MULHER: LIBERAÇÃO FEMININA NA POESIA DE GILKA MACHADO. fólio - Revista De Letras, 8(2). Recuperado de https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2765

Edição

Seção

VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados