“SERENDIPIDADES!” E OUTROS FRUTOS ESTRANHOS QUE SE PRODUZEM EM "UM DEFEITO DE COR", DE ANA MARIA GONÇALVES
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v14i2.11361Keywords:
historiographic metafiction; decoloniality ; post-autonomy.Abstract
This paper analyzes the novel Um defeito de cor by Ana Maria Gonçalves, taking into account the relationship between the languages used in its prologue – called ‘Serendipity!’ – and the historiographic metafiction that emerges after it. While the first one arises from the “escrevivência” of Gonçalves’s authorial self-character, the other employs the self-awareness of a historical textuality, considered here as decolonial historiographic metafiction, since it stems from the first-person narrative of a black slaved woman, Kehinde. The contiguity between those two languages generates a ‘strange fruit’, which seems to demand a hybridized methodology between post-modern and decolonial approaches, given that a methodology that sees literature as a crystallized field would hardly cope with it. Thus, a method is proposed that examines literature as a post-autonomous field in order to question its role in concrete reality and to investigate fictionality as a shade of reality.
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