ANTROPOFAGIA COMO METÁFORA DE RESISTÊNCIA CULTURAL: CO-MO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS, DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS

Autores

  • Paula Regina Siega

Resumo

Inspirado na história do alemão Hans Staden, capturado por indígenas no início da colonização do Brasil, Nelson Pereira dos Santos realiza Como era gostoso o meu francês. Falado em Tupi, o filme narra as aventuras de um explorador europeu que, prisioneiro dos Tupinambás, incorpora-se à vida cultural da tribo até ser devorado em um rito antropófago. Em sintonia com a releitura tropicalista da cultura antropófaga, o longa-metragem compartilha a tese modernista que identifica no confronto entre colonizado e colonizador a relação entre cultura brasileira e cultura estrangeira. Pretendendo discutir alguns aspectos da representação do indígena no filme, tentaremos indicar a idealização de um passado original como matriz da identidade nacional, cuja defesa simbólica se projeta no mito do canibal devorador de colonizadores.

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Biografia do Autor

Paula Regina Siega

Professora adjunta visitante na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Pós-doutora pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutora pela Universidade Ca’ Foscari Veneza (UNIVE).

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

Siega, P. R. (2018). ANTROPOFAGIA COMO METÁFORA DE RESISTÊNCIA CULTURAL: CO-MO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS, DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS. fólio - Revista De Letras, 8(1). Recuperado de https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2857