A RODA DA ESCRITURA NO ROMANCE A HORA DA ESTRELA, DE CLARICE LISPECTOR: UMA ENGRENAGEM COMPLEXA

Autores/as

  • João Paulo Vicente Prilla Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP)

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7376

Palabras clave:

A hora da estrela., Clarice Lispector, Roda da escritura

Resumen

Este artigo propõe uma breve análise do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector, à luz da teoria genética denominada roda da escritura, elaborada por Phillippe Willemart (2009), discutindo cada uma das suas quatro instâncias – escritor, scriptor, narrador e autor – e observando como cada uma delas é apresentada na narrativa. A escolha da referida obra literária justifica-se pelo fato de que ela contempla “uma história escrita dentro da história”, onde a autora cria um narrador (Rodrigo S.M., que também é escritor) com a finalidade de não ser percebida. Considerando a natureza singular da obra, o que inclui o fato da autora – figura marcante da literatura brasileira – revelar-se inúmeras vezes na voz do narrador, e ambos serem escritor e scriptor, um estudo da sua roda da escritura acaba nos apontando para a complexidade e o dinamismo estabelecidos pelo movimento de suas quatro instâncias. Para além, esse estudo poderá oferecer contribuições para a fortuna crítica da obra de Clarice Lispector, bem como ao campo de investigações da Crítica Genética e dos processos de criação artística na contemporaneidade, em especial àqueles que têm como objeto de análise a roda da escritura ou uma de suas quatro instâncias em uma determinada narrativa literária.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

João Paulo Vicente Prilla, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP)

Doutorando em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP). Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).

Citas

ANDRADE, Carlos Drummond de. Discurso de primavera e algumas sombras. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

ECO, Umberto. Obra aberta. 9. ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2013.

ESTEVES, de V., M. J. Pensamento sistêmico. O novo paradigma da ciência. Campinas: Papyrus, 2002.

FERRER, D. A crítica genética do século XX será transdisciplinar, transartística e transemiótica ou não existirá. In: ZULAR, R. (Org.). Criação em processo ensaios de crítica genética. São Paulo, EDITORA ILUMINURAS LTDA., 2002, p. 203-17.

FUKELMAN, Clarisse. Escrever estrelas (ora direis). In: LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991. (Prefácio à 18 .ed.).

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

MAGIOLI, Ailton. Escritor e jornalista José Castello dá oficina em BH. Portal Uai, Belo Horizonte, 21 mar. 2015. Disponível em: <http://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2015/03/21/noticia-e-mais,165885/lutar-com-as-palavras.shtml>. Acesso em: 2 ago. 2017.

MOSER, Benjamin. Clarice, uma biografia. Tradução de José Geraldo Couto. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

NOLASCO, Edgar Cézar. Amizades gauches. Revista Cerrados, Brasília, v. 17, n. 26, 2008. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/8360/6356>. Acesso em: 5 ago. 2017

SALLES, C. A. Gesto Inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1998.

VELOSO, Caetano. Clarice. Overmundo. Rio de Janeiro: Philips Records, 1968. 1 disco sonoro. Lado A, faixa 2. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/144331/>. Acesso em: 29 jul. 2017.

WILLEMART, Philippe. Bastidores da criação. São Paulo: Editora Iluminura ltda., 1999.

_______. Processos de criação na escritura, na arte e na psicanálise. São Paulo: Perspectiva, 2009.

Publicado

2021-02-15

Cómo citar

Prilla, J. P. V. (2021). A RODA DA ESCRITURA NO ROMANCE A HORA DA ESTRELA, DE CLARICE LISPECTOR: UMA ENGRENAGEM COMPLEXA. fólio - Revista De Letras, 12(2). https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7376

Número

Sección

VERTENTES & INTERFACES I: Estudos Literários e Comparados