A HORA PRESENTE: ENCENANDO A DOR E O SILÊNCIO EM A HORA DA ESTRELA
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v9i2.2789Palavras-chave:
A hora da estrela; Clarice Lispector; Dor; Silêncio; Ludwig Wittgenstein.Resumo
Neste artigo buscamos realizar uma leitura do romance A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, em contribuição ao dossiê que homenageia os 40 anos de sua primeira publicação no Brasil. As reflexões apontam para o modo como a estrutura narrativa, sua tematização e o tensionamento dos limites da linguagem dão voz aos sons musicais e ao silêncio, criando outras sonoridades possíveis, diferentes daquela que embala a poética da civilização moderna. A hora presente, marcada ao longo de todo o relato, pontuaria uma profunda consciência do escritor/escritora sobre a escuridão de seu próprio tempo. De maneira análoga, este “hoje” demarcaria a trágica vida de Macabéa, destituída de experiências passadas e de um projeto de futuro possível. Nesse sentido, a personagem estaria presa entre o início e o fim, presa na hora exata de um silencioso e doloroso presente.
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