Da tinta ao braile: o que acontece na mudança de registro de uma atividade matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/intermaths.v5i1.15017

Palavras-chave:

Representação semiótica, Educação Matemática Inclusiva, Deficiência Visual

Resumo

O presente artigo cogita divulgar parcialmente os resultados da pesquisa de mestrado cujo objetivo foi analisar o que acontece na troca de registro de representação ao se fazer a conversão da tinta ao braile nas atividades matemáticas para o aluno cego. Nesta pesquisa se analisaram sete atividades matemáticas do Caderno do Aluno da Proposta Curricular do estado de São Paulo elaborado em tinta e transcrito para o braile. Na referida transição, acontece uma troca de registro de representação semiótica, mas o que acontece nessa troca? Tem alguma mudança no sentido da atividade? Existe alguma omissão ou adição de palavras, símbolos ou signos que afetassem a compreensão da atividade? O presente documento, recorte de uma pesquisa maior, planeja mostrar a análise de uma atividade desse Caderno transcrita da tinta ao braile e responder às questões apresentadas, tendo como aporte a teoria dos registros de representação semiótica de Raymond Duval. A pesquisa foi de cunho qualitativo, e o método escolhido foi a análise de conteúdo. Dentre as conclusões se tem que as atividades matemáticas passadas da tinta para o braile nem sempre são equivalentes, pois unidades significantes são alteradas, o que pode modificar o seu sentido.

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Biografia do Autor

Karen Valencia Mercado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro - SP, Brasil

Licenciada em matemáticas pela Universidade del Atlantico, Barranquilla, Colombia. Mestre em Educação Matemática e doutoranda em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista – Unesp de Rio Claro, com mais de 5 anos de experiencia no ensino infantil, fundamental e médio. As áreas de interesse são: Educação Matemáticas, inclusão em Educação e Educação Matemática, questões de gênero, raça e deficiência, filosofia da Educação Matemáticas, Ensino e Aprendizagem de Matemática, Formação de Professores de Matemática.

Ivete Maria Baraldi (in memoriam), Universidade Estadual Paulista, Bauru - SP, Brasil

Licenciada em Ciências com Habilitação em Matemática pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru). Mestre e doutora em Educação Matemática (Unesp/Rio Claro. Foi professora, com dedicação exclusiva, do Departamento de Matemática - Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru. Docente e orientadora nos Programas de Pós-Graduação em Educação Matemática (Unesp/Rio Claro) e Educação para Ciências (Unesp/Bauru). Os seus temas de interesse foram: Educação Matemática, História Oral, Ensino e Aprendizagem de Matemática, Formação de Professores de Matemática, História da Educação Matemática, Educação Inclusiva.

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Publicado

2024-06-30

Como Citar

Mercado, K. V. ., & Baraldi (in memoriam), I. M. (2024). Da tinta ao braile: o que acontece na mudança de registro de uma atividade matemática. Intermaths, 5(1), 145-162. https://doi.org/10.22481/intermaths.v5i1.15017

Edição

Seção

Artigos