Aulas de português e o Instagram: integrando a informalidade ao enisno tradicional

Autores

  • Adriane Leão de Sousa Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
  • Giovana Carvalho Alencar Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

DOI:

https://doi.org/10.22481/lnostra.v8i1.13141

Palavras-chave:

Educação, Gêneros midiáticos, Língua Portuguesa, Instagram

Resumo

O atual cenário tecnológico-informacional sugere uma necessária mudança em todas as áreas da sociedade, dentre elas, o âmbito educacional. Diante disso, uma vez que os alunos estão constantemente conectados com as novas tecnologias, as escolas não poderiam eliminar a possibilidade de inovar e modernizar a educação.  Nessa perspectiva, o presente artigo procura demonstrar como o ensino tradicional da Língua Portuguesa pode, juntamente com os gêneros midiáticos, corroborar para um ensino-aprendizagem mais significativo e atrativo para o aluno. Para isso, objetiva-se propor a utilização de posts das mídias sociais – em especial, do Instagram – como auxílio para orientação de um dos principais conteúdos curriculares das aulas de português: a gramática normativa. Além disso, tem-se como fins específicos analisar a realidade do ensino de LP no Brasil e descrever a função e a importância dos gêneros midiáticos no âmbito social. Este trabalho configura-se como exploratório, o qual, segundo Gil (2010), visa buscar um maior conhecimento do tema escolhido, proporcionando maior simplificação e assim torná-lo o mais claro possível. Ademais, fez-se uma pesquisa bibliográfica acerca de melhores metodologias para as aulas de Língua Portuguesa, segundo Antunes (2003); a ideia de gêneros midiáticos, conforme Pinheiro (2002); conceitos de gênero, nas visões de: Bakhtin (1997), Marcuschi (2008) e entre outros. E, como processo metodológico, buscou-se escolher publicações no Instagram que possuíssem desvios em relação à norma culta, a fim de possibilitar a exposição da gramática normativa de uma maneira contextualizada. Dessa forma, observa-se que este trabalho é de grande relevância, pois promove a integração da informalidade das mídias sociais com o tradicionalismo da sala de aula. Na conclusiva, percebe-se que a adoção de novos métodos auxiliares no ensino é basilar para promover um ensino-aprendizagem dinâmico e reflexivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

AUMENTA uso de Snapchat e Instagram, inclusive entre público mais velho. KANTAR, 1 de dez. 2016. Disponível em: <https://br.kantar.com/tecnologia/comportamento/2016/dezembro-aumenta-uso-de-snapchat-e-instagram,-inclusive-entre-p%C3%BAblico-mais-velho/>. Acesso em: 11 de mai. 2020.

BAKHTIN. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino Médio. Brasília, DF, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 10 maio. 2020.

CEREJA, William.; COCHAR, Thereza. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. 3. ed. São Paulo: Atual, 2009.

DEWEY, John. Vida e educação. 10. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

FARACO, Carlos Alberto. In: XAVIER, Antônio Carlos; CORTEZ, Suzana (orgs.). Conversas com linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, 2005. p 64.

FONSECA, F. I.; FONSECA, J. Pragmática Lingüística e ensino de português. Coimbra: Almedina, 1977.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MARCUSCHI, Luiz A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: MARCUSCHI, Luiz A.; XAVIER, Antônio C. (org.). Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. p. 13 – 67.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gênero e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental – língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Orlandi, E. P. Língua e conhecimento lingüístico. São Paulo: Cortez, 2002.

PINHEIRO, N. F. A noção de gênero para análise de textos midiáticos. In. MEURER, J. L.; MOTTA-TOTH, D. (Orgs.) Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino de linguagem. Bauru-SP: EDUSC, 2002. p. 259-287.

RIBEIRO, Ana Elisa. Os hipertextos que Cristo leu. In: ARAÚJO, Júlio César Araújo; BIASI-RODRIGUES, Bernadete. (Orgs.) Interação na internet: novas formas de usar a linguagem. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 124-130.

SOARES, M. Português na escola: história de uma disciplina curricular. Revista de Educação/AEC n.101, ano 25, p. 9-19, out./dez., 1996.

TRAVAGLIA, L. C. Ensino de gramática numa perspectiva textual interativa. In: AZAMBUJA, J. Q. (org.). O ensino de língua portuguesa para o 2° grau. Minas Gerais: UFU, 1996, p.107 - 156.

WERTHEIN, J. A sociedade da informação e seus desafios. Ciência da informação. v. 29, nº 2, p. 71-77, 2000.

Downloads

Publicado

2020-11-08

Como Citar

de Sousa, A. L. ., & Alencar, G. C. . (2020). Aulas de português e o Instagram: integrando a informalidade ao enisno tradicional. Língu@ Nostr@, 8(1), 30 - 47. https://doi.org/10.22481/lnostra.v8i1.13141