Política e planificação linguística aplicada às questões de normatização do latim
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v6i1.13204Palavras-chave:
Linguística Aplicada, Gramatização, LatimResumo
Neste artigo, analisamos a política e planificação linguística (fr. planification linguistique) a partir de leituras de estudos recentes, bem como fazemos alguns comentários acerca da Linguística Aplicada, apresentando sua abrangência e atuações. Em seguida aplicaremos esses conceitos à gramatização da língua latina. Este é um artigo de revisão de literatura e tem como procedimento metodológico central a pesquisa bibliográfica. A base teórica é formada pelos seguintes autores: Souza, Batista e Mélo (2012), Menezes, Silva e Gomes (2015), Moita Lopes (2015), Calvet (2013), Savedra e Lagares (2012), Magalhães (2012) e Auroux (2009), entre outros. Interessa-nos analisar o processo de gramatização das línguas e como ele se dá em um dado idioma, a fim de compreender as bases fundamentais que regem a gramática do latim. Os resultados sinalizam que o latim apresenta três tipologias linguísticas: standard, clássica e artificial. E seu status de língua universal instrumentalizada perdura desde a antiguidade.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, Davi Borges de; TAYLOR-LEECH, Kerry. Política linguística para as línguas oficiais em Timor-Leste: o português e o Tétum-Praça. Gragoatá, Niterói, n. 32, v. 1, p. 153-169, sem. 2012.
ASSIS, Maria Cristina (Org.). História concisa da Língua Portuguesa. João Pessoa: Editora da UFPB, 2014.
AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Tradução de Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Ed. da Unicamp, 2009.
AZEREDO, José Carlos de. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
CALVET, Louis-Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. A classificação dos vocábulos formais. In: Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 2002.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Dicionário de linguística e gramática: referente à língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 2011.
COMBA, Padre Júlio. Gramática latina: para seminários e faculdades. São Paulo: Ed. Salesiana Dom Bosco, 1991.
COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de gramática histórica. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1962. (Biblioteca Brasileira de Filologia)
FARACO, Carlos Alberto. A questão gramatical e o ensino do Português. In: Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008.
FARACO, Carlos Alberto. Linguística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola, 2006.
FURLAN, Oswaldo Antônio. Língua e literatura latina e sua derivação portuguesa. Petrópolis: Vozes, 2006.
G1. Papa Francisco retira latim como língua oficial em sínodo no Vaticano. Disponível em: «http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/10/papa-francisco-retira-latim-como-lingua-oficial-em-sinodo-no-vaticano.html». Acesso em: 01 dez. 2016.
GARCIA, Janete Melasso. Língua latina. Brasília: Editora da UNB, 2008.
LUFT, Celso Pedro. Gramática resumida. Marcelo Módolo (Org.). Consultoria técnica de Mário Eduardo Viário. São Paulo: Globo, 2004.
MAGALHÃES, Anderson Salvaterra. Políticas linguísticas e historização do Brasil: a escrita na construção vernacular. Gragoatá, Niterói, n. 32, v. 1, p. 99-116, sem. 2012.
MENEZES, Vera; SILVA, Marina Morena; GOMES, Iran Felipe. Sessenta anos de linguística aplicada: de onde viemos e para onde vamos. In: PEREIRA, Regina Celi; ROCA, María del Pilar. Linguística aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2015, p. 25-50.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Da aplicação de linguística à linguística aplicada indisciplinar. In: PEREIRA, Regina Celi; ROCA, María del Pilar (Orgs.). Linguística aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2015, p. 11-24.
MONTEAGUDO, Henrique. A invenção do monoliguismo e da língua nacional. Gragoatá, Niterói, n. 32, v. 1, p. 43-53, sem. 2012.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola, 2012.
NEVES, Maria Helena de Moura. O legado grego na terminologia gramatical brasileira. Alfa, São Paulo, n. 55, v.2, p. 641-664, 2011.
RICARDO, Padre Paulo. Por que o papa insiste em latim? Disponível em: «https://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-o-papa-insiste-no-latim». Acesso em: 01 dez. 2016.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Charles Bally e Albert Sechehaye (Orgs.), com a colaboração de Albert Riedlinger. Prefácio à edição brasileira de Isaac Nicolau Salum. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Bliskstein. São Paulo, Cultrix, 2012.
SAVEDRA, Mônica Maria Guimarães; LAGARES, Xoán Carlos. Política e planificação linguística: conceitos, terminologias e intervenção no Brasil. Gragoatá, Niterói, n. 32, v. 1, p. 11-27, sem. 2012.
SOUSA, Socorro Cláudia Tavares de; ROCA, María del Pilar (Orgs.). Políticas linguísticas: declaradas, praticadas e percebidas. Joao Pessoa: Ed. da UFPB, 2015.
SOUZA, Adriana Rodrigues Pereira de; BATISTA, Fabiene Araújo, MÉLO, Francisca Maria de. Teorias Linguísticas III. Campina Grande: EDUEPB, 2012.
SUMO Pontífice Bento XVI. Carta Apostólica em forma de Motu Proprio. Latina Lingua. Institui A Pontifícia Academia de Latinidade. Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 10 de Novembro de 2012, memória de São Leão Magno, oitavo ano de Pontificado. Disponível em: «https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/motu_proprio/documents/hf_ben-xvi_motu-proprio_20121110_latina-lingua.html». Acesso em 01: dez. 2016.
WEEDWOOD, Barbara. História concisa da linguística. São Paulo: Parábola, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Língu@ Nostr@
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.