Marcas de subjetividade na linguagem: o “eu” e o “tu” como elementos ativadores da interação discursiva
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v4i2.13246Palavras-chave:
Linguagem, Enunciação, Subjetividade, Sujeito, Interação discursivaResumo
A subjetividade é marcada na linguagem pela presença dos pronomes ‘eu’ e ‘tu’ em interação, construindo na instância discursiva o protagonismo do sujeito na linguagem. A partir desse pressuposto, este estudo objetiva refletir sobre como se constitui a singularidade do sujeito nas interações produzidas em situações de linguagem. Parte-se, principalmente, das contribuições teóricas da epistemologia benvenistiana (2005/2006), acerca da subjetividade na linguagem e da enunciação, a qual concebe o sujeito como partícipe do ato da linguagem. Argumentos teóricos de autores, como Bakhtin (2004/2009/2011), Ducrot (1995), Maingueneau (1998), Charaudeau (1999), são postos em diálogo com Benveniste; além de Paveau; Sarfati (2006) e Flores (2013) nas reflexões sobre as linguísticas enunciativas; conta-se, ainda, com Bronckart (2008, 2012) ao tratar do interacionismo sociodiscursivo. Em crítica à linguística da língua, as linguísticas enunciativas consideram as situações interacionais de falas entre os sujeitos autônomos no discurso, implicando a marca do sujeito no ato comunicativo, onde ele atua expondo intenções e direcionando o conteúdo de suas falas a partir da apropriação de formas específicas da língua, as quais o singularizam no ato comunicativo, assumindo a condição de sujeito, em consciência de si e do outro em construção no discurso.
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